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Estudantes foram confundidos e assassinados, diz promotoria

O Ministério Público do México afirmou que grupo de jovens desaparecidos foi massacrado por quadrilha que os confundiu com uma gangue rival

Em protesto, parentes seguram fotografias de estudantes desaparecidos em Guerrero, no México (REUTERS/Jorge Dan Lopez)
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Da Redação

Publicado em 27 de janeiro de 2015 às 19h32.

Cidade do México - O Ministério Público do México afirmou nesta terça-feira que um grupo de 43 alunos desaparecidos em setembro foi massacrado por uma quadrilha de narcotraficantes que confundiu os estudantes com uma gangue rival, num crime que chocou o país e provocou reviravolta no governo.

Felipe "el Cepillo" Rodríguez, membro do grupo narcotraficante Guerreros Unidos detido há alguns dias, organizou a execução de 43 jovens por instruções de um líder da organização, concluiu o Ministério Público após a confissão do criminoso.

"As evidências permitem determinar que os estudantes foram privados de liberdade, da vida, queimados e jogados num rio, nessa ordem", disse o procurador-geral, Jesús Murillo Karam, em entrevista coletiva.

Rodríguez será acusado formalmente pelo assassinato dos estudantes. A promotoria pedirá uma sentença de 140 anos de prisão.

"Os estudantes foram apontados pelos criminosos como membros do grupo antagônico na região", disse o diretor de investigação da agência criminal do Ministério Público, Tomás Zerón, explicando que o massacre teve a ver com a defesa do território por parte do Guerreros Unidos.

As famílias dos estudantes têm liderado protestos coletivos e acusado o governo de não encontrar os jovens. Algumas famílias acreditam que os estudantes ainda estão vivos e que o Exército poderia tê-los sequestrado.

Os parentes disseram que só reconhecerão que eles estão mortos se receberem os corpos, o que, segundo os promotores, não é possível devido ao grau de calcinação dos restos mortais e porque grande parte foi jogada num rio.

Os alunos, a maioria filhos de camponeses pobres, pertenciam a uma escola rural de magistério no Estado de Guerrero, sul do país. Eles teriam ido na tarde de 26 de setembro à cidade de Iguala para arrecadar fundos para participar de um protesto na Cidade do México, a mais de 300 quilômetros da escola, de acordo com os promotores.

Ao chegar em Iguala e depois de tomar ônibus, eles foram parados pela polícia que entregou o grupo a pistoleiros do Guerreros Unidos seguindo uma ordem do prefeito, José Luis Abarca, que está detido desde outubro com sua mulher acusado pelo crime de desaparecimento forçado.

O caso marcou o pior momento do governo de Enrique Peña Nieto e tornou evidente a extensão da corrupção entre autoridades locais ligadas ao crime organizado.

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Felipe "el Cepillo" Rodríguez, membro do grupo narcotraficante Guerreros Unidos detido há alguns dias, organizou a execução de 43 jovens por instruções de um líder da organização, concluiu o Ministério Público após a confissão do criminoso.

"As evidências permitem determinar que os estudantes foram privados de liberdade, da vida, queimados e jogados num rio, nessa ordem", disse o procurador-geral, Jesús Murillo Karam, em entrevista coletiva.

Rodríguez será acusado formalmente pelo assassinato dos estudantes. A promotoria pedirá uma sentença de 140 anos de prisão.

"Os estudantes foram apontados pelos criminosos como membros do grupo antagônico na região", disse o diretor de investigação da agência criminal do Ministério Público, Tomás Zerón, explicando que o massacre teve a ver com a defesa do território por parte do Guerreros Unidos.

As famílias dos estudantes têm liderado protestos coletivos e acusado o governo de não encontrar os jovens. Algumas famílias acreditam que os estudantes ainda estão vivos e que o Exército poderia tê-los sequestrado.

Os parentes disseram que só reconhecerão que eles estão mortos se receberem os corpos, o que, segundo os promotores, não é possível devido ao grau de calcinação dos restos mortais e porque grande parte foi jogada num rio.

Os alunos, a maioria filhos de camponeses pobres, pertenciam a uma escola rural de magistério no Estado de Guerrero, sul do país. Eles teriam ido na tarde de 26 de setembro à cidade de Iguala para arrecadar fundos para participar de um protesto na Cidade do México, a mais de 300 quilômetros da escola, de acordo com os promotores.

Ao chegar em Iguala e depois de tomar ônibus, eles foram parados pela polícia que entregou o grupo a pistoleiros do Guerreros Unidos seguindo uma ordem do prefeito, José Luis Abarca, que está detido desde outubro com sua mulher acusado pelo crime de desaparecimento forçado.

O caso marcou o pior momento do governo de Enrique Peña Nieto e tornou evidente a extensão da corrupção entre autoridades locais ligadas ao crime organizado.

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