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Estudantes chilenos retomam marcha por educação gratuita

A marcha foi acompanhada de perto por um forte esquema policial e transcorre sem maiores incidentes até o momento

Segundo a imprensa local, o protesto reuniu 10.000 estudantes, mas dirigentes estudantis falaram de mais de 50.000 (©AFP / Martin Bernetti)

Segundo a imprensa local, o protesto reuniu 10.000 estudantes, mas dirigentes estudantis falaram de mais de 50.000 (©AFP / Martin Bernetti)

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Da Redação

Publicado em 25 de abril de 2012 às 16h20.

Santiago - Milhares de estudantes universitários e secundários marcharam nesta quarta-feira pelo centro de Santiago e por outras cidades do Chile no primeiro protesto nacional do ano para exigir uma educação pública de qualidade e gratuita.

Os estudantes avançaram pela avenida Alameda, no centro da capital, exibindo cartazes e faixas, e cantando canções entoadas nas manifestações do ano passado, quando foram organizadas mais de 40 manifestações apenas em Santiago.

A marcha foi acompanhada de perto por um forte esquema policial e transcorre sem maiores incidentes até o momento.

Segundo a imprensa local, o protesto reuniu 10.000 estudantes, mas dirigentes estudantis falaram de mais de 50.000.

A manifestação foi convocada pela Confederação de Estudantes do Chile (Confech), que confirmou na véspera a marcha por considerar insuficiente a proposta do governo para o sistema de crédito usado pelos estudantes.

O sistema cobra juros três vezes maiores aos que ingressam nas universidades públicas.

"Conseguimos tirar os bancos da educação, mas ainda temos as taxas mais altas do mundo. Portanto, precisamos de uma reforma que inclua qualidade, crédito, acesso ao financiamento", disse um dos líderes estudantis, Noam Titelman.

Na maior manifestação realizada no ano passado, mais de 100.000 estudantes, pais e professores se reuniram nas ruas de Santiago para exigir uma educação pública, gratuita e de qualidade em um dos países com o sistema educacional mais desigual do planeta, onde apenas uma parte dos alunos estuda em colégios públicos, enquanto no setor universitário não existe esta possibilidade.

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