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Estados árabes lançam maior operação na guerra do Iêmen

Ataque busca deixar o movimento governista houthi de joelhos, mas corre o risco de piorar a maior crise humanitária do mundo

Houthis: movimento enviou veículos militares e soldados no centro da cidade e próximo ao porto, conforme aviões de guerra atingiram a costa (Mohamed al-Sayaghi/Reuters)

Houthis: movimento enviou veículos militares e soldados no centro da cidade e próximo ao porto, conforme aviões de guerra atingiram a costa (Mohamed al-Sayaghi/Reuters)

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Reuters

Publicado em 13 de junho de 2018 às 20h38.

Áden - Uma aliança de Estados árabes liderada pela Arábia Saudita realizou um ataque na principal cidade portuária do Iêmen nesta quarta-feira, na maior batalha da guerra, buscando deixar o movimento governista houthi de joelhos mas correndo o risco de piorar a maior crise humanitária do mundo.

Aviões e navios de guerra árabes atacaram fortificações houthis para apoiar operações em solo de tropas estrangeiras. Tropas iemenitas se concentraram no sul do porto de Hodeidah na operação "Vitória Dourada".

O confronto aconteceu perto do aeroporto de Hodeidah e de al-Durayhmi, uma área rural a 10 quilômetros ao sul da cidade, relataram a mídia controlada pelos Estados árabes e seus aliados iemenitas.

A operação marca a primeira vez que Estados árabes tentaram capturar uma cidade grande tão fortemente defendida desde que se juntaram há três anos à guerra contra os houthis, que são alinhados com o Irã e controlam a capital Sanaa e a maioria das áreas povoadas.

A Organização das Nações Unidas diz que 8,4 milhões de iemenitas estão à beira da fome e que para a maior parte deles o porto é a única rota para suprimentos de comida.

O Conselho de Segurança da ONU deve se encontrar a portas fechadas na quinta-feira - a pedido do Reino Unido - por conta do ataque em Hodeidah, disseram diplomatas.

Os houthis enviaram veículos militares e soldados no centro da cidade e próximo ao porto, conforme aviões de guerra atingiram a costa, disse à Reuters um morador que falou em condição de anonimato. As pessoas fugiram por rotas para o norte e oeste.

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