Donald Trump: fundação que leva o nome do presidente é acusada de arrecadar mais de US$ 2,8 mi que foram utilizados para influenciar eleições de 2016 (Leah Millis/Reuters)
EFE
Publicado em 19 de julho de 2018 às 15h39.
Nova York - O Fisco do estado de Nova York, nos Estados Unidos, abriu uma investigação para esclarecer se a fundação em nome do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, violou suas leis tributárias, conforme publicou nesta quinta-feira o jornal "The New York Times" em sua edição impressa.
A investigação, que poderia derivar em um processo penal, veio à tona um mês depois que a Procuradoria de Nova York processou a Fundação Trump por supostamente seguir um padrão de "conduta ilegal persistente", que incluía o apoio à campanha eleitoral do magnata, o pagamento de suas despesas pessoais e a promoção de seus negócios.
As fontes citadas pelo jornal, dois funcionários estaduais próximos do assunto que não revelaram seus nomes, não detalharam quando essa investigação começou, nem as atividades que ela abrange, mas "parece provável" que coincidam com a acusação da procuradoria, segundo o "NYT".
De acordo com essa acusação, a Fundação Trump arrecadou mais de US$ 2,8 milhões que foram utilizados para influenciar nas eleições de 2016 sob controle da direção do comitê de campanha do agora presidente, apesar de essas organizações estarem proibidas de apoiar campanhas políticas.
"Uma investigação penal poderia revelar informações adicionais, além do alcance do processo (da promotoria), como a declaração de impostos do presidente", afirmou o jornal, informações que os democratas reivindicaram insistentemente desde a posse e que Trump se negou a apresentar.
Se encontrar indícios de uma suposta atividade criminosa em suas investigações, o Departamento de Impostos e Finanças de Nova York poderia retransmitir a informação para outras autoridades, como o escritório do procurador estadual ou distrital, que poderia, por sua vez, apresentá-las a um grande júri, disseram as fontes ao jornal.
Com sua demanda, a Procuradoria de Nova York, liderada por Barbara Underwood, busca a dissolução da fundação, a restituição de pelo menos US$ 2,8 milhões e que Trump e três de seus filhos sejam proibidos temporariamente de participar da direção de organizações sem fins lucrativos.