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Da Redação
Publicado em 17 de junho de 2015 às 11h16.
Cairo - A estação de metrô da praça Tahrir, no centro do Cairo, e epicentro da revolução de 2011 e de vários protestos posteriores, reabriu nesta quarta-feira após quase dois anos fechada para evitar distúrbios.
As autoridades instalaram novas câmaras de vigilância e arcos para a detecção de armas e explosivos, informou a agência oficial "Mena".
Neste primeiro dia, houve uma grande afluência de passageiros na estação.
A parada é importante porque nela confluem duas das três linhas do metrô e por sua cêntrica localização, junto ao edifício da administração por excelência, a Mugama.
Essa estação estava fechada por motivos de segurança desde agosto de 2013, coincidindo com o desmantelamento forçado dos acampamentos dos seguidores do derrubado presidente islamita Mohammed Mursi.
Tanto os islamitas como vários grupos revolucionários fizeram neste tempo chamadas para se manifestar em Tahrir, algo que as autoridades sempre tentaram evitar reforçando o dispositivo de segurança em torno da praça e com o fechamento da estação de Al Sadat.
O ministro de Transporte do Egito, Hani Dahi, efetuou hoje uma rodada de inspeção pela estação, acompanhado pelo presidente da Companhia Egípcia para a Administração e Funcionamento do Metrô, Ali al Fodali.
Dahi destacou, em declarações divulgadas pela agência oficial, que seu Ministério trabalha pela comodidade e segurança dos passageiros do metrô.
Al Fodali enfatizou que a reabertura da estação foi realizada em coordenação com os órgãos de segurança para garantir a proteção dos viajantes.
O fim da impopular medida deve ajudar a descongestionar o centro do Cairo e as outras estações próximas, que viram nestes dois anos um aumento considerável do número de passageiros.