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Espanha rechaça plano da UE para redução de 15% no consumo de gás

Segundo a ministra de Transição Ecológica do país, "ao contrário de outros países, a Espanha não viveu além de suas possibilidades do ponto de vista energético"

Espanha: "Não podemos assumir um sacrifício desproporcional sobre o qual nem sequer nos foi pedido um parecer prévio", afirma ministra ecológica (Blazquez Dominguez/Getty Images)
EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 21 de julho de 2022 às 11h32.

Última atualização em 21 de julho de 2022 às 12h19.

A Espanha rechaçou o plano apresentado nesta quarta-feira, 20, pela Comissão Europeia para reduzir o consumo de gás no bloco em 15% em virtude da atual crise energética enfrentada na região. A ministra da Transição Ecológica do país, Teresa Ribera, afirmou em coletiva de imprensa após a apresentação: "não podemos assumir um sacrifício desproporcional sobre o qual nem sequer nos foi pedido um parecer prévio".

A intenção do órgão executivo da União Europeia é que todos os países integrem a redução de consumo. Segundo Ribera, "ao contrário de outros países, a Espanha não viveu além de suas possibilidades do ponto de vista energético", e as famílias espanholas não terão de lidar com cortes no fornecimento de gás nem de luz em suas casas. Se aprovada, a meta seria voluntária, mas a regulação incluiria um dispositivo que pode tornar as ações compulsórias, caso haja um severo corte no abastecimento.

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De acordo com a ministra, a Espanha defende os valores europeus e vai mostrar solidariedade com o resto da União, "mas não à custa dos consumidores domésticos e industriais", que há muito que pagam "uma fatura muito alta" e que "não merecem restrições ou racionamento". Há alguns meses, além das questões envolvendo a Rússia, o fornecimento de gás na Espanha vem lidando com reduções da entrega do produto que vem da Argélia, em meio a disputas geopolíticas.

Ribera chamou os sócios europeus a "debaterem claramente" o tema e disse que a Espanha tem papel fundamental na questão, uma vez que é porta de entrada de cerca de 30% do gás que chega na região. A previsão era que o programa ficasse em vigor entre 1º de agosto de 2022 e 31 de março de 2022. Segundo a presidente da Comissão, Ursula Von der Leyen, o objetivo seria economizar 45 bilhões de metros cúbicos (bcm) de gás.

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