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Espanha quer igualar relação política com Brasil

"A relação política deve estar ao mesmo nível das econômicas e culturais", disse Jesús Gracia, secretário de Cooperação Internacional

Gracia, que nesta quinta concluiu uma visita ao Brasil, reconheceu que após a assinatura de um acordo em 2003 entre os então presidentes José María Aznar e Luiz Inácio Lula da Silva, as relações políticas entre Espanha e Brasil sofreram uma queda. (Denis Doyle/Getty Images)

Gracia, que nesta quinta concluiu uma visita ao Brasil, reconheceu que após a assinatura de um acordo em 2003 entre os então presidentes José María Aznar e Luiz Inácio Lula da Silva, as relações políticas entre Espanha e Brasil sofreram uma queda. (Denis Doyle/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 26 de abril de 2012 às 13h43.

Brasília - O secretário de Cooperação Internacional da Espanha para região ibero-americana, Jesús Gracia, admitiu nesta quinta-feira que a relação política com o Brasil não está no mesmo nível que a econômica e cultural, e afirmou que o Governo de Mariano Rajoy fará tudo para igualá-las.

"A relação política deve estar ao mesmo nível das econômicas e culturais", disse Gracia em entrevista coletiva. De acordo com secretário, as relações econômicas estão bem graças aos fortes investimentos que as empresas espanholas têm no Brasil, país que, além disso, conta com o maior número de sedes do Instituto Cervantes no mundo, oito.

Gracia, que nesta quinta concluiu uma visita ao Brasil, reconheceu que após a assinatura de um acordo em 2003 entre os então presidentes José María Aznar e Luiz Inácio Lula da Silva, as relações políticas entre Espanha e Brasil sofreram uma queda. "O último Governo se descuidou", disse em relação à gestão do socialista José Luis Rodríguez Zapatero, que governou Espanha entre abril de 2004 e dezembro passado.

No entanto, afirmou que Rajoy considera o Brasil como prioridade e vai intensificar as relações políticas entre as nações. Em maio, está prevista a visita do ministro das Relações Exteriores, José Manuel García-Margallo ao país sul-americano, e a participação do presidente Rajoy na Conferência sobre Desenvolvimento Sustentável Rio+20, em junho no Rio de Janeiro, mas o presidente também visitará São Paulo.

Ainda há a expectativa de visita do rei Juan Carlos da Espanha em maio, mas dependerá da evolução da sua saúde após a operação de quadril a que foi submetido em 14 de abril. "É o começo de uma relação política muito intensa", ressaltando a possibilidade da presidente Dilma Rousseff ir à Espanha em novembro, para a Cúpula Ibero-Americana em Cádiz.

Contudo, o secretário minimizou os problemas entre os dois países devido ao alto índice de brasileiros barrados pela imigração da Espanha, o que levou ao Brasil a endurecer suas normas para espanhóis. "É um problema sensível, mas pequeno em uma relação bilateral tão importante", sustentou.

Segundo Gracia, já há um esforço para que os cidadãos brasileiros entrem na Espanha "sem nenhum problema". Enquanto isso, o embaixador espanhol no Brasil, Manuel da Câmara, disse que a taxa de brasileiros não admitidos na Espanha não passa de 0,5% e caiu nos últimos anos. EFE

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