Espanha não quer romper relações com a Venezuela
Ministro espanhol assegurou que o governo manifestou "extrema prudência" neste assunto "até que chegou a um limite no qual foi preciso reagir"
Da Redação
Publicado em 23 de abril de 2015 às 11h15.
Madri - O ministro espanhol de Relações Exteriores , José Manuel García-Margallo, afirmou nesta quinta-feira que o propósito da Espanha "não é em absoluto" romper relações diplomáticas com a Venezuela e acrescentou que deseja "estabilidade democrática e prosperidade econômica" para o país sul-americano.
García-Margallo pronunciou estas palavras durante seu discurso no Fórum de Líderes, organizado pela Agência EFE e KPMG, no qual apresentou o vice-presidente do Brasil, Michel Temer.
"Não é nosso propósito seguir nesta escalada e não é nosso propósito romper relações com a Venezuela", afirmou o chefe da diplomacia espanhola, depois que ontem o governo chamou para consultas seu embaixador em Caracas, Antonio Pérez Hernández.
O Executivo espanhol tomou esta medida em sinal de protesto pela "escalada de insultos, calúnias e ameaças" do presidente Nicolás Maduro contra a Espanha e suas instituições e "por respeito à dignidade nacional".
O ministro espanhol assegurou que o governo manifestou "extrema prudência" neste assunto "até que chegou a um limite no qual foi preciso reagir".
"Nosso propósito não é em absoluto romper relações com a Venezuela", insistiu.
A tensão política entre ambos países aumentou na última semana, depois que Maduro acusou o governo espanhol de "apoiar o terrorismo" em seu país e o chefe do Governo, Mariano Rajoy, de fazer parte de "um grupo de bandidos, de corruptos e de ladrões".
Previamente, a Assembleia Nacional venezuelana declarou, com os votos da maioria chavista, persona non grata "para o povo venezuelano" o ex-presidente do governo espanhol Felipe González, que se ofereceu para a defesa legal dos opositores venezuelanos presos Leopoldo López e Antonio Ledezma.
López, líder do Partido Vontade Popular, está preso há mais de um ano por promover protestos populares, enquanto o prefeito de Caracas Antonio Ledezma foi detido em fevereiro acusado de participar de uma tentativa de golpe de Estado contra Maduro.
Apesar desta declaração, González, histórico líder socialista espanhol e presidente do Governo de 1982 a 1996, mantém sua intenção de viajar para Venezuela em meados de maio.
García-Margallo destacou hoje que seu objetivo é que a política externa espanhola seja uma política de Estado e que neste sentido fala "muito" com o Partido Socialista (PSOE), principal grupo de oposição, e com González, com quem conversou ontem mesmo.
O ministro relatou que o ex-presidente do governo o chamou para anunciar sua intenção de se oferecer para a assistência técnica à defesa dos opositores presos e que isso pareceu "bom" e "muito louvável".
O espanhol insistiu que a saída para a situação na Venezuela deve ocorrer "dentro das instituições e não fora", que as eleições devem ser realizada "como estava previsto" antes de final de ano e que o protagonismo na mediação corresponde à União de Nações Sul-americanas (Unasul), da qual a Venezuela faz parte.
García-Margallo apoiou assim o papel que a Unasul pode ter acompanhando as eleições parlamentares que serão realizadas no último trimestre do ano e ajudando a diminuir a tensão entre o governo e a oposição na Venezuela.
O ministro se dirigiu ao vice-presidente brasileiro para agradecê-lo pelo papel "muito importante" do Brasil, Colômbia, e Equador neste assunto, como países que integram a Unasul, junto com Argentina, Bolívia, Chile, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname e Uruguai.
"Nós temos que louvar o que os outros estão fazendo porque são melhor recebidos que a gente neste momento", disse o chefe da diplomacia espanhola, que destacou que o Brasil está exercendo a liderança neste tema.
Madri - O ministro espanhol de Relações Exteriores , José Manuel García-Margallo, afirmou nesta quinta-feira que o propósito da Espanha "não é em absoluto" romper relações diplomáticas com a Venezuela e acrescentou que deseja "estabilidade democrática e prosperidade econômica" para o país sul-americano.
García-Margallo pronunciou estas palavras durante seu discurso no Fórum de Líderes, organizado pela Agência EFE e KPMG, no qual apresentou o vice-presidente do Brasil, Michel Temer.
"Não é nosso propósito seguir nesta escalada e não é nosso propósito romper relações com a Venezuela", afirmou o chefe da diplomacia espanhola, depois que ontem o governo chamou para consultas seu embaixador em Caracas, Antonio Pérez Hernández.
O Executivo espanhol tomou esta medida em sinal de protesto pela "escalada de insultos, calúnias e ameaças" do presidente Nicolás Maduro contra a Espanha e suas instituições e "por respeito à dignidade nacional".
O ministro espanhol assegurou que o governo manifestou "extrema prudência" neste assunto "até que chegou a um limite no qual foi preciso reagir".
"Nosso propósito não é em absoluto romper relações com a Venezuela", insistiu.
A tensão política entre ambos países aumentou na última semana, depois que Maduro acusou o governo espanhol de "apoiar o terrorismo" em seu país e o chefe do Governo, Mariano Rajoy, de fazer parte de "um grupo de bandidos, de corruptos e de ladrões".
Previamente, a Assembleia Nacional venezuelana declarou, com os votos da maioria chavista, persona non grata "para o povo venezuelano" o ex-presidente do governo espanhol Felipe González, que se ofereceu para a defesa legal dos opositores venezuelanos presos Leopoldo López e Antonio Ledezma.
López, líder do Partido Vontade Popular, está preso há mais de um ano por promover protestos populares, enquanto o prefeito de Caracas Antonio Ledezma foi detido em fevereiro acusado de participar de uma tentativa de golpe de Estado contra Maduro.
Apesar desta declaração, González, histórico líder socialista espanhol e presidente do Governo de 1982 a 1996, mantém sua intenção de viajar para Venezuela em meados de maio.
García-Margallo destacou hoje que seu objetivo é que a política externa espanhola seja uma política de Estado e que neste sentido fala "muito" com o Partido Socialista (PSOE), principal grupo de oposição, e com González, com quem conversou ontem mesmo.
O ministro relatou que o ex-presidente do governo o chamou para anunciar sua intenção de se oferecer para a assistência técnica à defesa dos opositores presos e que isso pareceu "bom" e "muito louvável".
O espanhol insistiu que a saída para a situação na Venezuela deve ocorrer "dentro das instituições e não fora", que as eleições devem ser realizada "como estava previsto" antes de final de ano e que o protagonismo na mediação corresponde à União de Nações Sul-americanas (Unasul), da qual a Venezuela faz parte.
García-Margallo apoiou assim o papel que a Unasul pode ter acompanhando as eleições parlamentares que serão realizadas no último trimestre do ano e ajudando a diminuir a tensão entre o governo e a oposição na Venezuela.
O ministro se dirigiu ao vice-presidente brasileiro para agradecê-lo pelo papel "muito importante" do Brasil, Colômbia, e Equador neste assunto, como países que integram a Unasul, junto com Argentina, Bolívia, Chile, Guiana, Paraguai, Peru, Suriname e Uruguai.
"Nós temos que louvar o que os outros estão fazendo porque são melhor recebidos que a gente neste momento", disse o chefe da diplomacia espanhola, que destacou que o Brasil está exercendo a liderança neste tema.