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Espanha, Irlanda e Noruega vão reconhecer formalmente o Estado Palestino

Medida deve aumentar apelos por cessar-fogo em Gaza e intensificar tensão com Israel

De acordo com a Organização para a Libertação da Palestina, 130 países reconhecem o Estado Palestino (AFP)
Fernando Olivieri

Redator na Exame

Publicado em 22 de maio de 2024 às 07h03.

Última atualização em 22 de maio de 2024 às 13h11.

Espanha, Noruega e Irlanda anunciaram planos para reconhecer formalmente o Estado da Palestina, uma decisão que provavelmente fortalecerá a causa palestina globalmente, mas pode tensionar as relações com Israel. As informações são da Al Jazeera.

De acordo com a Organização para a Libertação da Palestina (OLP), mais de 130 dos 193 estados membros das Nações Unidas já reconhecem a Palestina como um estado.

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"Hoje, Irlanda, Noruega e Espanha estão anunciando que reconhecemos o Estado da Palestina. Cada um de nós tomará agora as medidas nacionais necessárias para efetivar essa decisão", declarou o primeiro-ministro irlandês Simon Harris em uma conferência de imprensa em Dublin, na quarta-feira (22).

O reconhecimento entrará em vigor nos três países em 28 de maio, informou o ministro das Relações Exteriores da Irlanda, Micheál Martin.

Entenda a importância do reconhecimento de um Estado Palestino por Espanha, Irlanda e Noruega

Decisão histórica

A decisão histórica dos três principais países europeus provocou uma rápida condenação de Israel, com um parlamentar sênior ordenando a imediata retirada dos embaixadores israelenses na Irlanda e Noruega.

O primeiro-ministro da Noruega, Jonas Gahr Støre, afirmou que a guerra em Gaza deixou claro que alcançar paz e estabilidade deve passar pela resolução da questão palestina. "Em meio a uma guerra, com dezenas de milhares de mortos e feridos, devemos manter viva a única alternativa que oferece uma solução política para israelenses e palestinos: dois estados, vivendo lado a lado, em paz e segurança", disse.

O primeiro-ministro da Espanha, Pedro Sánchez, declarou: "Reconheceremos o Estado da Palestina por paz, coerência e justiça."

"Este reconhecimento não é contra o povo de Israel e certamente não contra os judeus", disse Sánchez. "Não é a favor do Hamas. É a favor da convivência."

Israel rebate

O ministro das Relações Exteriores de Israel, Israel Katz, afirmou que seu país "não se conterá contra aqueles que minam sua soberania e colocam sua segurança em risco".

"Irlanda e Noruega pretendem enviar uma mensagem aos palestinos e ao mundo inteiro hoje: o terrorismo compensa. Após a organização terrorista Hamas realizar o maior massacre de judeus desde o Holocausto e cometer os crimes sexuais mais horríveis que o mundo já viu, esses países escolheram recompensar o Hamas e o Irã e reconhecer um Estado palestino", acrescentou Katz, em um comunicado divulgado pelo ministério.

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