Espanha: bombeiros lutam contra chamas que devoram Gomera
Nove dias depois que o incêndio foi declarado, cerca de 11% da superfície da ilha foi afetada pelas chamas
Da Redação
Publicado em 13 de agosto de 2012 às 17h36.
Madri - As brigadas de incêndio continuam em uma batalha para tentar controlar o fogo que devora a ilha turística espanhola da Gomera, nas Ilhas Canárias, com mais de 4 mil hectares queimados, milhares de desabrigados e reservas naturais de grande valor destruídas.
Nove dias depois que o incêndio foi declarado, cerca de 11% da superfície da ilha foi afetada pelas chamas, que exigiram o despejo preventivo de mais de 5 mil pessoas, um quarto da população da Gomera, declarada pela Unesco patrimônio natural da humanidade.
Da superfície atingida pelo fogo, cerca de 750 hectares correspondem ao Parque Nacional de Garajonay, um quarto de sua extensão, onde foram atingidas florestas que havia um século não sofriam incêndios.
O parque foi inscrito na Lista do Patrimônio Mundial por seu bosque úmido de louros e pelos cultivos em terraços.
Em Bruxelas, a capital da União Europeia, especialistas europeus acompanham de perto a evolução do incêndio da Gomera, informaram à Agência Efe fontes da Comissão Europeia (CE), a quem a Espanha ainda não recorreu para pedir ajuda nos trabalhos de controle do fogo.
Segundo essas fontes, tanto o Centro de Informação e Controle da CE como o centro operacional do Mecanismo de Defesa Civil europeu estão cientes da situação e seus especialistas mantêm "contato regular" com as autoridades espanholas.
O presidente da Administração da Gomera, Casimiro Curbelo, pediu mais hidraviões para enfrentar a situação. Segundo o ministro de Agricultura, Alimentação e Meio Ambiente da Espanha, Miguel Arias Cañete, um quarto dos hidraviões de grande capacidade que o país tem se encontra nas Ilhas Canárias neste momento.
Em declarações à Agência Efe, Arias Cañete classificou como "pavorosos" os incêndios que estão afetando a Espanha neste verão, e disse que em sua opinião se devem, sobretudo, às altas temperaturas, à "forte seca" e a que "provavelmente houve menos trabalhos de limpeza de montes em algumas comunidades".
Segundo o presidente do território insulano, fariam falta oito ou dez hidraviões já que, devido à geografia peculiar da ilha, só será possível conter o avanço do fogo com veículos aéreos.
Na madrugada passada, mais de 900 pessoas foram retiradas em dois barcos do Valle Gran Rey a San Sebastián de la Gomera, a capital da ilha, quando as chamas desceram rapidamente pelo morro e queimaram 30 casas no caminho, isolando a região por terra.
De manhã, a frente norte do incêndio ultrapassou o cume da ilha e começou uma lenta descida pelo vale que leva ao povoado de Vallehermoso, cujos 2.500 moradores foram removidos, por prevenção, da mesma forma que os de outras localidades.
"As condições meteorológicas são favoráveis à propagação rápida das chamas e péssimas para seu controle", explicou o chefe de serviço de Segurança e Emergências do Governo das Canárias, Humberto Gutiérrez, que descartou a possibilidade de uma ação dos bombeiros a curto prazo.
No entanto, espera-se que a partir desta noite a onda de calor comece a baixar.
Em Vallehermoso se concentram todos os meios aéreos disponíveis, um total de sete helicópteros e quatro hidraviões, e espera-se que um quinto do mesmo tipo, seja incorporado amanhã.
O problema na região é que os veículos terrestres não conseguem chegar devido ao complexo relevo e à potência do fogo, de modo que, embora do ar se consiga reduzir as chamas, não há brigadas no terreno para concluir a ação.
Em Alicante, no mediterrâneo espanhol, as autoridades locais informaram que o incêndio de Torremanzanas, em que morreram duas pessoas que participavam dos trabalhos de combate ao fogo, está controlado e sem chamas após ter afetado cerca de 600 hectares.
Os incêndios dos últimos meses na Espanha queimaram mais de 132 mil hectares e causaram a morte de oito pessoas.
Madri - As brigadas de incêndio continuam em uma batalha para tentar controlar o fogo que devora a ilha turística espanhola da Gomera, nas Ilhas Canárias, com mais de 4 mil hectares queimados, milhares de desabrigados e reservas naturais de grande valor destruídas.
Nove dias depois que o incêndio foi declarado, cerca de 11% da superfície da ilha foi afetada pelas chamas, que exigiram o despejo preventivo de mais de 5 mil pessoas, um quarto da população da Gomera, declarada pela Unesco patrimônio natural da humanidade.
Da superfície atingida pelo fogo, cerca de 750 hectares correspondem ao Parque Nacional de Garajonay, um quarto de sua extensão, onde foram atingidas florestas que havia um século não sofriam incêndios.
O parque foi inscrito na Lista do Patrimônio Mundial por seu bosque úmido de louros e pelos cultivos em terraços.
Em Bruxelas, a capital da União Europeia, especialistas europeus acompanham de perto a evolução do incêndio da Gomera, informaram à Agência Efe fontes da Comissão Europeia (CE), a quem a Espanha ainda não recorreu para pedir ajuda nos trabalhos de controle do fogo.
Segundo essas fontes, tanto o Centro de Informação e Controle da CE como o centro operacional do Mecanismo de Defesa Civil europeu estão cientes da situação e seus especialistas mantêm "contato regular" com as autoridades espanholas.
O presidente da Administração da Gomera, Casimiro Curbelo, pediu mais hidraviões para enfrentar a situação. Segundo o ministro de Agricultura, Alimentação e Meio Ambiente da Espanha, Miguel Arias Cañete, um quarto dos hidraviões de grande capacidade que o país tem se encontra nas Ilhas Canárias neste momento.
Em declarações à Agência Efe, Arias Cañete classificou como "pavorosos" os incêndios que estão afetando a Espanha neste verão, e disse que em sua opinião se devem, sobretudo, às altas temperaturas, à "forte seca" e a que "provavelmente houve menos trabalhos de limpeza de montes em algumas comunidades".
Segundo o presidente do território insulano, fariam falta oito ou dez hidraviões já que, devido à geografia peculiar da ilha, só será possível conter o avanço do fogo com veículos aéreos.
Na madrugada passada, mais de 900 pessoas foram retiradas em dois barcos do Valle Gran Rey a San Sebastián de la Gomera, a capital da ilha, quando as chamas desceram rapidamente pelo morro e queimaram 30 casas no caminho, isolando a região por terra.
De manhã, a frente norte do incêndio ultrapassou o cume da ilha e começou uma lenta descida pelo vale que leva ao povoado de Vallehermoso, cujos 2.500 moradores foram removidos, por prevenção, da mesma forma que os de outras localidades.
"As condições meteorológicas são favoráveis à propagação rápida das chamas e péssimas para seu controle", explicou o chefe de serviço de Segurança e Emergências do Governo das Canárias, Humberto Gutiérrez, que descartou a possibilidade de uma ação dos bombeiros a curto prazo.
No entanto, espera-se que a partir desta noite a onda de calor comece a baixar.
Em Vallehermoso se concentram todos os meios aéreos disponíveis, um total de sete helicópteros e quatro hidraviões, e espera-se que um quinto do mesmo tipo, seja incorporado amanhã.
O problema na região é que os veículos terrestres não conseguem chegar devido ao complexo relevo e à potência do fogo, de modo que, embora do ar se consiga reduzir as chamas, não há brigadas no terreno para concluir a ação.
Em Alicante, no mediterrâneo espanhol, as autoridades locais informaram que o incêndio de Torremanzanas, em que morreram duas pessoas que participavam dos trabalhos de combate ao fogo, está controlado e sem chamas após ter afetado cerca de 600 hectares.
Os incêndios dos últimos meses na Espanha queimaram mais de 132 mil hectares e causaram a morte de oito pessoas.