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Escócia e País de Gales defendem novas eleições caso haja atraso do Brexit

Oposição teme que Boris Johnson force a retirada dentro do prazo, embora o Parlamento não tenha ratificado o pacto negociado com Bruxelas

Sturgeon: primeira-ministra da Escócia diz que as circunstâncias devem ser as que evitem o risco de um Brexit sem acordo (Hollie Adams/Bloomberg)
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EFE

Publicado em 23 de outubro de 2019 às 13h01.

Londres — Os primeiros-ministros da Escócia e País de Gales, a nacionalista Nicola Sturgeon e o trabalhista Mark Drakeford, respectivamente, defenderam nesta quarta-feira que o Reino Unido realize eleições gerais antecipadas, depois que o governo garantir uma prorrogação do período de saída da União Europeia (UE).

"Quero que sejam realizadas as eleições gerais. Eu ficaria muito feliz se essas eleições acontecessem antes do Natal, mas as circunstâncias devem ser as que evitem o risco de um Brexit sem acordo", disse Sturgeon, em entrevista coletiva em Londres, ao lado do premier galês.

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Ela ressaltou que os partidos de oposição, liderados pelo trabalhismo, "têm o dever de garantir que isso ocorra".

A nacionalista estava se referindo ao fato do primeiro-ministro do Reino Unido, o conservador Boris Johnson, ter solicitado no último sábado à UE uma prorrogação do período de saída que se estenda além do próximo dia 31, mas o fez, segundo afirmou, contra sua vontade e com o único objetivo de cumprir a lei que lhe obrigava a dar este passo.

Por esse motivo, a oposição teme que Johnson force a retirada dentro do prazo, embora o Parlamento não tenha ratificado o pacto negociado com Bruxelas.

Drakeford considera que ainda não foi alcançada "uma posição de total clareza" sobre o que acontecerá, já que o Governo aguarda os líderes europeus comunicarem se concordam com a extensão solicitada até o dia 31 de janeiro ou, se pelo contrário e como quer Johnson, apenas concedem um atraso curto.

"Sempre fui cético sobre se uma eleição geral ou um referendo são a melhor maneira de tomar essa decisão de volta às mãos do povo. Mas nunca tive tanta certeza de que esse deveria ser o fim, o objetivo final", afirmou o líder galês.

Johnson tentará convocar eleições antecipadas caso a UE se ofereça para prorrogar a saída do país do bloco europeu até janeiro, como indicado hoje uma fonte do governo à "BBC", seguindo seu objetivo de materializar a ruptura, a promessa com a qual chegou ao poder no mês de julho.

O Partido Nacional Escocês (SNP, sigla em inglês), liderado por Sturgeon, defende a realização de um segundo referendo do Brexit, algo ao qual a liderança do Partido Trabalhista também passou a defender nas últimas semanas.

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