Carne: escândalo já tinha derrubado Marcos Medina, que era ministro de Agricultura e Pecuária do Paraguai (Sean Gallup/Getty Images)
EFE
Publicado em 29 de maio de 2018 às 23h42.
Assunção - O diretor do Serviço Nacional de Qualidade e Saúde Animal do Paraguai (Senacsa), Hugo Ydoyaga, foi demitido nesta terça-feira devido ao escândalo de importação de toneladas de carne do Brasil sem autorização, um caso que já derrubou o ministro de Agricultura e Pecuária, Marcos Medina.
Luis Gneiting, que substituiu Medina no cargo, nomeou Freddy Estigarribia como novo diretor do Senacsa. A decisão foi tomada depois de reunião com o presidente do país, Horacio Cartes.
O novo ministro afirmou que a demissão ocorreu por causa dos erros cometidos pela Senacsa na hora de investigar a entrada de carne brasileira sem documentação no Paraguai. Segundo Gneiting, 7,3 toneladas do produto cruzaram a fronteira sem certidão sanitária.
O caso foi revelado no início de maio, quando fiscais apreenderam 180 toneladas de carnes vindas do Brasil que tinham como destino o Frigorífico Concepción, no norte do país. A empresa foi multada em US$ 2,8 milhões pelo Ministério de Indústria e Comércio.
O Paraguai também suspendeu a autorização da empresa de exportar carne para Rússia, Chile, Israel e União Europeia. Russos e chilenos são os principais consumidores da carne produzida no país.
Além do ministro e do diretor da Senacsa, o caso também provocou a demissão do titular da Direção de Alfândegas, Nelson Valiente.