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Erdogan quer "virar página" nas relações entre EUA e Turquia

"Estou convencido de que escreveremos com Trump uma nova página nas relações turco-americanas", declarou o presidente turco

Recep Tayyip Erdogan: as relações entre a Turquia e os Estados Unidos se desgastaram nos últimos meses pelas divergências sobre a Síria (Kayhan Ozer/Presidential Palace/Handout/Reuters)

Recep Tayyip Erdogan: as relações entre a Turquia e os Estados Unidos se desgastaram nos últimos meses pelas divergências sobre a Síria (Kayhan Ozer/Presidential Palace/Handout/Reuters)

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AFP

Publicado em 28 de abril de 2017 às 13h59.

O presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, declarou nesta sexta-feira que deseja virar com seu colega americano, Donald Trump, uma nova página nas relações entre Turquia e Estados Unidos, para onde viajará em meados de maio.

"Estou convencido de que escreveremos com Trump uma nova página nas relações turco-americanas", declarou Erdogan durante um colóquio organizado pelo think tank Atlantic Council em Istambul.

As relações entre a Turquia e os Estados Unidos, dois membros da OTAN, se desgastaram nos últimos meses pelas divergências sobre a Síria, em particular sobre o apoio de Washington às milícias curdas das Unidades de Proteção do Povo Curdo (YPG), que combatem os extremistas no norte da Síria, e que Ancara considera "terroristas".

"O apoio, a ajuda concreta que os Estados Unidos fornecem às YPG, está prejudicando o espírito da aliança" entre os dois países, disse Erdogan.

O chefe de Estado turco também reiterou que espera que os Estados Unidos detenham ou extraditem à Turquia o pregador Fethullah Gulen, classificado por Ancara como o instigador do golpe de Estado frustrado de julho.

O fato de Gulen, que vive na Pensilvânia, "poder ​​continuar dirigindo livremente suas atividades (...) nos incomoda seriamente", disse Erdogan.

Estes temas serão discutidos por Trump e Erdogan durante sua viagem a Washington no dia 16 de maio.

"O que esperamos é que (os americanos) compreendam a amplitude da ameaça que enfrentamos e demonstrem sua solidariedade", disse o chefe de Estado turco.

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