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Equipe das Coreias perde para o Japão no Mundial de Tênis de Mesa

A seleção feminina unificada das Coreias disputou as semi finais contra o Japão do Campeonato Mundial

Coreias: a outra semi final será disputada entre China e Hong Kong (TT News Agency/Jonas Ekstromer/Reuters)

Coreias: a outra semi final será disputada entre China e Hong Kong (TT News Agency/Jonas Ekstromer/Reuters)

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AFP

Publicado em 4 de maio de 2018 às 10h40.

Unidas em um gesto de grande peso simbólico, as jogadoras das seleções de tênis de mesa da Coreia do Norte e da Coreia do Sul competiram juntas nas semifinais do Mundial por equipes, nesta sexta-feira (4), em Halmstad (Suécia), e perderam para o Japão.

Apesar da derrota (3-0), as jogadoras coreanas, que decidiram no dia anterior não se enfrentar nas quartas e se unir em uma única equipe para as semifinais, estavam sorridentes e foram parabenizadas, sob o olhar dos embaixadores dos dois países na Suécia.

"Jogar contra a equipe unificada foi muito forte, mas eu quis dar o meu melhor. Viemos aqui pela medalha de ouro e vamos conseguir", declarou a japonesa Kasumi Ishikawa, que deu o segundo ponto de sua equipe ao vencer a norte-coreana Kim Song I.

O Japão vai disputar a final contra a equipe vencedora da partida entre China e Hong Kong.

"Ambas as equipes não queriam se enfrentar por uma vaga na semifinal. As conversas terminaram com um acordo entre os líderes das seleções da Coreia do Sul e da Coreia do Norte, validado pela Federação Internacional (ITTF), de apresentar uma equipe coreana unida nas semifinais", explicou a ITTF em comunicado na quinta-feira.

A ação representa uma nova prova da aproximação entre os dois países, que desfilaram juntos na cerimônia de abertura dos Jogos Olímpicos de Inverno de Pyeongchang (Coreia do Sul), em fevereiro, e disputaram com uma equipe unida a modalidade de hóquei no gelo.

O presidente sul-coreano, Moon Jae-in, reuniu-se com o líder norte-coreano, Kim Jong-un, em um histórico encontro de cúpula na última sexta-feira (27), na qual concordaram em trabalhar pela paz permanente e pela desnuclearização completa da península coreana.

Kim se tornou o primeiro líder norte-coreano a pisar no Sul desde 1953, quando um armistício acabou com a guerra entre os dois países, mas um acordo de paz não foi assinado desde então.

 

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