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EPA libera mistura maior de etanol na gasolina nos EUA

Pedido de mudança foi feito por uma coalizão de produtores de etanol do país

Indústria sucroalcooleira norte-americana (Getty Images/Getty Images)

Indústria sucroalcooleira norte-americana (Getty Images/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 15 de outubro de 2010 às 16h29.

Washington - A Agência de Proteção Ambiental dos Estados Unidos (EPA, na sigla em inglês) vai abrir caminho para um aumento de até 50 por cento na mistura de etanol na gasolina para veículos fabricados a partir de 2007, afirmou nesta quarta-feira à Reuters uma fonte da indústria.

A EPA vai aprovar um pedido de uma coalizão de produtores de etanol, chamada Growth Energy, para aumentar o volume de etanol na gasolina comercializada no país para até 15 por cento contra o atual nível de 10 por cento, acrescentou a fonte.

Produtores de etanol, que afirmam que a mudança é necessária para regular a oferta do produto no país, também esperam que a EPA aprove até dezembro o uso da mistura maior, conhecida como E15, em carros fabricados entre 2001 e 2006.

A gasolina com a mistura maior de etanol, que nos EUA é produzido a partir do milho, pode, no entanto, enfrentar alguma resistência inicial de varejistas de combustíveis no país.

Eles têm preocupações em relação a como classificar o produto nos postos e também receios sobre eventuais ações judiciais por parte de consumidores.

A lei federal dos EUA prevê que as companhias de energia devem misturar anualmente 15 bilhões de galões do biocombustível a base de milho na oferta de gasolina até 2015, ante 12 bilhões de galões este ano.


Mas como a gasolina E15 provavelmente não estará disponível até o início do próximo ano, a EPA poderá estender o uso da nova mistura para veículos mais antigos, para que a meta possa ser alcançada.

Para ajudar a esclarecer as dúvidas dos consumidores, a EPA também vai propor nesta quarta-feira a regra de colocar etiquetas nas bombas de gasolina.

Críticas

Se por um lado a mudança poderá agradar o setor agrícola dos EUA e os produtores locais de etanol, por outro há críticas sobre o incremento do uso de milho para fabricar combustível.

Com os preços do milho caminhando para os maiores níveis em dois anos na bolsa de Chicago, produtores de alimentos e fabricantes de ração animal reclamam.

"A vasta demanda por combustíveis na América não pode ser suprida por intermédio da queima de nossa oferta de alimentos", disse um grupo que representa processadores de carnes.

O milho é um dos principais ingredientes da ração animal.

A produção de etanol nos EUA já responde pelo consumo de 1 em cada 3 bushels de milho produzidos.

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