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Enfermeiro alemão confessa ter assassinado até 100 pacientes

O enfermeiro alemão Niels Högel foi condenado à prisão perpétua em 2015 por dois assassinatos e três tentativas de assassinato

Depois de ser condenado à prisão perpetua, a Justiça continuou as investigações e 100 casos foram provados (David Hecker/Getty Images)

Depois de ser condenado à prisão perpetua, a Justiça continuou as investigações e 100 casos foram provados (David Hecker/Getty Images)

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EFE

Publicado em 30 de outubro de 2018 às 11h50.

Berlim - O enfermeiro alemão Niels Högel, condenado à prisão perpétua em 2015 por dois assassinatos e três tentativas de assassinato, confessou ser culpado pela morte de até 100 pacientes no processo aberto nesta terça-feira contra ele pela Audiência de Oldenburg (centro de Alemanha).

O acusado, de 41 anos, respondeu com um "sim" à pergunta feita pela Promotoria sobre sua culpa em um suposto assassinato múltiplo neste novo julgamento.

Os crimes de Högel, considerado o maior assassino em série da história da Alemanha desde a Segunda Guerra Mundial, foram revelados em 2005, após o enfermeiro ser surpreendido por uma companheira de trabalho quando envenenava um paciente.

Na ocasião, foram abertas diligências contra ele, durante as quais surgiram outras mortes em circunstâncias suspeitas que derivaram em um julgamento, quando ele confessou que entre 2003 e 2005 tinha injetado doses de diversos remédios em cerca de 90 pacientes.

Após ser condenado à prisão perpétua, a Justiça decidiu prosseguir com as investigações, até ser aberta uma nova acusação formal por até 106 assassinatos, dos quais 100 foram provados.

As investigações da polícia e da Promotoria chegaram a relacionar o enfermeiro com a morte de quase 70 pacientes em uma clínica de Delmeshorst, onde trabalhava, que presumivelmente receberam overdose de remédios como Ajmalina, Sotalol e Lidocaína.

Além disso, Högel foi relacionado com as mortes de outros 30 pacientes, de 34 a 96 anos de idade, em uma de clínica de Oldenburg onde tinha trabalhado anteriormente.

No julgamento anterior, o enfermeiro havia explicado que tinha injetado em até 90 pacientes altas doses de fármacos que causavam alterações sérias de circulação e no ritmo cardíaco.

O acusado descreveu, além disso, a tensão que vivia em torno do que poderia acontecer quando injetava os remédio nos pacientes, o quão bem se sentia quando conseguia reanimá-los e o quão deprimido ficava quando eles morriam.

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