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Empresa britânica comercializa caixões 'ecológicos'

Feitos à mão a partir de jornais reciclados, eles são endurecidos naturalmente e finalizados com folhas coloridas feitas 100% de polpa de amora

O caixão está à venda pela internet e custa aproximadamente 2.200 reais. O preço inclui um colchão de chita natural, correias de segurança e alças (Divulgação)

O caixão está à venda pela internet e custa aproximadamente 2.200 reais. O preço inclui um colchão de chita natural, correias de segurança e alças (Divulgação)

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Da Redação

Publicado em 5 de dezembro de 2011 às 18h34.

São Paulo - O Ecopod é o projeto de um caixão que reúne habilidades artesanais com estilo, elegância e respeito ao meio ambiente. O caixão é feito à mão a partir de jornais reciclados, endurecido naturalmente e finalizado com uma folha colorida feita 100% de polpa de amora. Este processo de endurecimento o torna extremamente resistente.

O Centro de Pesquisa de Morte Natural de Londres mostrou que 89% dos caixões usados ​​a cada ano, cerca de 600 mil, são feitos de papelão coberto com laminado e alças plásticas. O Ecopod é 100% ecológico e não polui a atmosfera ou a terra.

O produto foi especificamente projetado para ser o mais ecológico possível e oferecer apenas o mínimo de poluição para a atmosfera, quando cremado ou para a terra, quando enterrado.

A ideia de projetar um caixão com base na forma de uma semente com sua forma natural orgânica foi o ponto de partida. O conceito é o mesmo de uma semente sendo plantada na terra.

Segundo a empresa, o caixão é o produto ideal para um enterro não tóxico – adequado para cremação ou sepultamento em cemitérios locais, perfeito para uso em zonas rurais ou de floresta. O caixão é forte e leve e pesa somente 18 quilos e se biodegrada naturalmente ao longo do tempo quando colocado no solo. O que carrega maior peso suporta uma pessoa de até 114,3 kg.

O Ecopod está disponível em quatro cores e motivos diferentes: azul com pombas, verde e uma cruz celta, vermelho com um sol asteca, folha de ouro (aplicado à mão) e liso. O interior é coberto por uma cor creme ou branca, feito com tintas ambientalmente corretas. Uma opção extra é cobrir o interior com penas coloridas.


O caixão está à venda pela internet e custa aproximadamente 2.200 reais. O preço inclui um colchão de chita natural, correias de segurança e alças.

As alças são uma combinação de metal e bambu e foram projetadas para que possam ser removidas antes do enterro ou cremação, e eliminadas separadamente, ou devolvidas à empresa.

Este não é o único produto criado pela empresa. Eles também fabricam a urna ARKA Acorn Urn para o armazenamento das cinzas após a cremação e, assim como o Ecopod, elas são feitas de papel reciclado, e estão disponíveis em várias cores, totalmente biodegradáveis.

Os produtos estão em exposição no Victoria and Albert Museum, de Londres, até o dia dois de janeiro de 2012.

Os Ecopods são feitos em uma oficina em Brighton por pai e filho - Pter e Gar Rock. Peter também é co-proprietário da ARKA Ecopod Ltda, com Hazel Selene.

A empresa consegue os jornais pós-consumo da Magpie – uma cooperativa de reciclagem de Brighton e em seguida converte-os em papel de argila com a ajuda de uma máquina de massa pré-guerra.


O barro é colocado à mão em moldes de fibra de vidro e seco em uma câmara de aquecimento por seis dias, antes de começar o segundo estágio da produção, que envolve vaporizar e lixar cada tampa e base em sua forma final.

Para a criação do Ecopod foram mais de 12 anos de assistência, desenvolvimento e pesquisa de mercado. Inspirados no processo de regeneração e vida nova, a intenção era dar ao Ecopod uma forma única e criá-lo a partir de materiais biodegradáveis.

O objetivo era acabar com a tradição sombria dos funerais para uma celebração mais inspiradora da vida que passou. Começando com desenhos simples e muitos protótipos em pequena escala, o primeiro caixão tomou forma no final de 1980.

O Ecopod foi desenhado por Hazel Selina, que trabalhou por muitos anos com o parto natural. Hazel sempre se interessou pelo Egito Antigo e os rituais que cercam tanto o nascimento quanto a morte, desta população. Hazel se autodenomina ‘amiga da terra’ e se preocupa com as questões prementes da ecologia. Esses interesses e o fato de um amigo estar muito doente, que a levou a começar investigação sobre enterros.

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