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Em visita a Madagascar, Papa condena cultura de subornos e privilégios

Pontífice criticou mecanismo que permite que pouquíssimos vivam na riqueza enquanto a grande maioria definha na pobreza

Papa reza para trabalhadores em Mahatzana: papa falou sobre a enorme diferença entre os que têm e os que não têm no continente (Yara Nardi/Reuters)
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Reuters

Publicado em 8 de setembro de 2019 às 17h07.

ANTANANARIVO - Em visita a Madagascar neste domingo, o papa Francisco condenou o que ele afirmou ser uma cultura de privilégios e corrupção que permite que pouquíssimos vivam na riqueza enquanto a grande maioria definha na pobreza.

Ele falou em uma homilia durante uma missa em um extenso campo nos arredores da capital Antananarivo diante de centenas de milhares de pessoas, muitas das quais passaram a noite ao ar livre esperando. O Vaticano disse que a estimativa dos organizadores locais da missa era de cerca de um milhão de pessoas.

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Como tem feito desde o início de sua passagem por três países da África subsaariana, o papa falou sobre a enorme diferença entre os que têm e os que não têm no continente. Ele já visitou Moçambique e seguirá para as Ilhas Maurício na segunda-feira.

Ele criticou uma cultura que só provê àqueles conectados a determinados gupos, deixando muitas outros excluídos permanentemente ou, na melhor das hipóteses, marginalizados sem oportunidades de melhorar suas vidas.

"Quando a 'família' se torna o critério decisivo para o que consideramos certo e bom, acabamos justificando e até "consagrando" práticas que levam à cultura de privilégios e exclusão, favoritismo, padronato e, como consequência, corrupção", afirmou o pontífice em sua homília.

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