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Com 97% de votos, porto-riquenhos optam pela anexação aos EUA

Apesar de a anexação ganhar com mais de 97% dos votos, oito a cada 10 eleitores não compareceram às urnas

Porto Rico: de um total de 2.260.804 eleitores registrados, cerca de meio milhão saiu para votar em uma consulta não vinculativa (Alvin Baez/Reuters)

Porto Rico: de um total de 2.260.804 eleitores registrados, cerca de meio milhão saiu para votar em uma consulta não vinculativa (Alvin Baez/Reuters)

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EFE

Publicado em 12 de junho de 2017 às 06h39.

Última atualização em 12 de junho de 2017 às 12h40.

San Juan - Um total de 97,17% das pessoas que votaram neste domingo em um plebiscito sobre o status jurídico de Porto Rico optou pela anexação aos Estados Unidos.

Tal número superou amplamente a preferência pela independência, que obteve 1,5% dos votos, e apenas 1,3% optou pelo status atual de Estado Livre Associado (ELA).

De um total de 2.260.804 eleitores registrados, cerca de meio milhão saiu para votar em uma consulta não vinculativa.

Logo após os resultados serem divulgados, o principal partido da oposição, o Partido Popular Democrático (PPD) de Porto Rico, disse através de seu presidente, Héctor Ferrer, que os resultados estão "longe" de serem significativos e constituem uma derrota para o governador, Ricardo Rosselló.

Apesar de a anexação ganhar com mais de 97% dos votos, oito a cada 10 eleitores não compareceram às urnas, manifestou.

"Foram para a rua, à praia, ao rio. Não se importaram (os eleitores). Perderam a anexação e Rosselló. Não conseguiram a maioria", disse Ferrer em uma entrevista coletiva.

Neste sentido, o diretor de campanha e vice-presidente do governante Partido Novo Progressista (PNP), Thomas Rivera Schatz, defendeu a vitória da anexação e deu pouca importância para a queda de votos em relação ao plebiscito de 2012. Em tal ocasião, a anexação conseguiu mais de 800 mil votos.

"Em Porto Rico somos pouco mais de três milhões de habitantes e nos EUA há agora mais de cinco milhões", ressaltou.

O plebiscito aconteceu sem maiores incidentes, exceto pela queima de bandeiras americanas por parte de independentistas em frente à Comissão Estatal de Eleições (CEE) em San Juan, após a votação, e denúncias de irregularidades em alguns centros de votação que para as autoridades não tiveram gravidade.

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