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Em novo decreto, papa autoriza mais funções para mulheres na Igreja

O papa formalizou o que já vinha acontecendo em vários países: mulheres podem ler liturgias, distribuir comunhão e prestar serviços no altar

Com a mudança, será impossível bispos conservadores impedirem que mulheres tenham essas funções (Alessandra Benedetti - Corbis / Colaborador/Getty Images)

Com a mudança, será impossível bispos conservadores impedirem que mulheres tenham essas funções (Alessandra Benedetti - Corbis / Colaborador/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 11 de janeiro de 2021 às 10h37.

O papa Francisco, em mais um passo para ampliar as funções das mulheres na Igreja Católica Romana, alterou regras na segunda-feira para permitir formalmente que elas atuem como leitoras em liturgias, distribuidoras de comunhão e prestem serviços no altar.

Em um decreto, o papa formalizou o que já vinha acontecendo em muitos países desenvolvidos há anos. Mas, ao introduzir a mudança no Código de Direito Canônico, será impossível para os bispos conservadores impedirem que as mulheres em sua diocese tenham essas funções.

Mas o Vaticano enfatizou que essas funções são "essencialmente distintas do sacerdócio ordenado", o que significa que não devem ser vistas como um precursor automático para que mulheres possam um dia serem ordenadas no sacerdócio.

"O pontífice, portanto, estabeleceu que as mulheres podem ter acesso a essas práticas e que podem ter funções litúrgicas institucionais", disse o Vaticano em uma nota explicativa.

No decreto, denominado "Spiritus Domini", Francisco disse que tomou sua decisão após reflexão teológica.

Ele disse que muitos bispos de todo o mundo disseram que a mudança era necessária para responder às "necessidades dos tempos".

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