Mundo

Em meio à crise com a Guiana, Venezuela vê inflação chegar a 182% em 2023

Dados representam uma desaceleração significativa em relação aos 686,4% de 2021, quando o país superou quatro anos de hiperinflação

Venezuela: país registrou inflação de mais de 3% em novembro, mas acumulado do ano alcança a casa dos 182% (Presidência da Venezuela/Divulgação)

Venezuela: país registrou inflação de mais de 3% em novembro, mas acumulado do ano alcança a casa dos 182% (Presidência da Venezuela/Divulgação)

Agência o Globo
Agência o Globo

Agência de notícias

Publicado em 9 de dezembro de 2023 às 11h35.

A Venezuela registrou uma inflação de 3,2% em novembro, a mais baixa em um mês até agora neste ano, mas acumula 182% em 2023, informou esta sexta-feira o Banco Central (BCV), que divulga irregularmente indicadores econômicos. De acordo com os dados compartilhados, a inflação em novembro desacelerou face a outubro quando se fixou em 5,9%.

“A variação do Índice de Preços no Consumidor referente ao mês de novembro deste ano de 2023 é a mais baixa observada para um mês de novembro desde 2012”, afirmou a entidade emissora numa mensagem na rede social do indicador.

O BCV – que não reportava dados mensais desde setembro – não especificou a inflação homóloga. O Observatório Venezuelano de Finanças (OVF), entidade independente que estuda o comportamento econômico, situou a inflação em novembro em 1,8%, abaixo do valor oficial, e em termos homólogos em 286%.

As causas do “abrandamento podem ser atribuídas à valorização da taxa de câmbio em 0,12%, e à contração da procura associada à fixação da taxa de câmbio como estratégia de contenção inflacionária e à queda da despesa pública”, notou a OVF.

A dolarização é outro fator que tem influenciado o comportamento da inflação, segundo economistas, embora o indicador continue a ser um dos mais elevados do mundo. A Venezuela fechou 2022 com uma inflação de 234%. Os dados significaram uma desaceleração significativa em relação aos 686,4% de 2021, quando o país superou quatro anos de hiperinflação, já que a taxa não ultrapassava os 50% mensais.

Atualmente, o país vive uma escalada de tensão depois de o governo local anunciar medidas na tentativa de assumir o controle da região fronteiriça de Essequibo, que corresponde a dois terços do território da Guiana.

Acompanhe tudo sobre:VenezuelaGuianaInflação

Mais de Mundo

Milei insiste em flexibilizar Mercosul para permitir acordos comerciais com outros países

Trump escolhe Stephen Miran para chefiar seu conselho de assessores econômicos

Trump afirma que declarará cartéis de drogas como organizações terroristas

Polícia da Zâmbia prende 2 “bruxos” por complô para enfeitiçar presidente do país