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Ex-líder nas pesquisas, Elizabeth Warren encerra campanha presidencial

Warren chegou a liderar a intenção de votos democratas nos Estados Unidos. Não há informações sobre o candidato que receberá o seu apoio

Elizabeth Warren: ex-líder das pesquisas de intenção de voto, senadora perdeu em todos os 14 estados da Super Terça (Shannon Stapleton/Reuters)

Elizabeth Warren: ex-líder das pesquisas de intenção de voto, senadora perdeu em todos os 14 estados da Super Terça (Shannon Stapleton/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 5 de março de 2020 às 12h58.

Última atualização em 5 de março de 2020 às 16h36.

São Paulo — Após um desempenho fraco na principal prévia do Partido Democrata, conhecida como Super Terça, a pré-candidata progressista e senadora pelo estado de Massachusetts, Elizabeth Warren, desistiu de concorrer à nomeação do partido para enfrentar Donald Trump nas eleições presidenciais, que acontecem em novembro. A informação foi confirmada por ela em um artigo publicado na web, mas antecipada pelo jornal The New York Times. 

Warren chegou a liderar as pequisas de intenção de voto em âmbito nacional entre os eleitores democratas. No entanto, depois de as prévias se iniciarem, em fevereiro, sua candidatura perdeu o fôlego. A senadora encerra sua participação com apenas 65 delegados. Biden e Sanders, os líderes no momento, já ultrapassaram a marca de 500. Na Super Terça, não conquistou nenhum deles.

Ainda não há informações sobre o candidato que ela irá apoiar, se é que apoiará algum dos pré-candidatos remanescentes, Joe Biden e Bernie Sanders. A informação é fruto de uma ligação entre Warren e sua equipe de campanha, realizada na manhã desta quinta-feira e cujo teor foi revelado pela imprensa americana.

"Eu sei que essa é a ligação que vocês não queriam receber. Não é a ligação que eu desejava fazer. Mas me recuso a deixar a decepção me cegar ou cegar vocês do que conquistamos até aqui", disse a senadora. "Não conquistamos nosso objetivo, mas o que fizemos juntos, o que vocês fizeram, fez uma enorme diferença".

Com a saída de Warren, a corrida presidencial do lado dos democratas, exaltada no início em razão da diversidade entre seus candidatos, volta a se concentrar em dois candidatos do sexo masculino e com mais de 70 anos de idade, Biden e Sanders.

Ela não é a primeira entre os pré-candidatos a deixar o pleito. Nos últimos dias, o ex-prefeito de South Bend, Pete Buttigieg, e o ex-prefeito de Nova York, o empresário Michael Bloomberg, também anunciaram o fim de suas campanhas pela nomeação e endossaram o ex-vice-presidente dos Estados Unidos, Joe Biden.

Warren x Sanders

Warren era, junto com Sanders, representante da ala esquerdista do Partido Democrata e concorria com uma plataforma anticorrupção. Após a desistência de Bloomberg, a senadora conversou com Sanders por telefone.

"Nós conversamos e o que Warren me disse é que ela está reavaliando sua campanha", disse Sanders na quarta-feira. "Ela ainda não fez uma escolha. É importante respeitar o tempo e o espaço que ela precisa para tomar essa decisão."

Agora, resta saber se Warren vai declarar apoio a Sanders ou não. Segundo o New York Times, pesquisas feitas pela cúpula do Partido Democrata indicam que não haveria uma transferência automática dos votos de Warren para Sanders, apesar dos dois transitarem no mesmo campo ideológico democrata, mais progressista e à esquerda

Fontes ouvidas pelo Times disseram que, como Warren tem uma postura mais moderada que Sanders, a divisão seria 50% a 50%, com metade dos eleitores votando em Biden e a outra metade em Sanders.A pesquisa também sugeriu que muitos eleitores não tomam suas decisões estritamente baseadas na ideologia.

A próxima rodada de primárias está marcada para o dia 10.Em disputa, justamente estados do Oeste americano - Washington e Idaho - e regiões nas quais a demografia favorece Sanders - Michigan e Dakota do Norte.

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