Mundo

Elizabeth II é a rainha a ocupar por mais tempo o trono

Elizabeth exibe bons índices de popularidade e, mesmo prestes a completar 90 anos, não dá sinais de que pretende abdicar do posto


	Família real no aniversário da rainha Elizabeth, em Londres: Elizabeth exibe bons índices de popularidade e, mesmo prestes a completar 90 anos, não dá sinais de que pretende abdicar do posto
 (REUTERS/Stefan Wermuth)

Família real no aniversário da rainha Elizabeth, em Londres: Elizabeth exibe bons índices de popularidade e, mesmo prestes a completar 90 anos, não dá sinais de que pretende abdicar do posto (REUTERS/Stefan Wermuth)

DR

Da Redação

Publicado em 9 de setembro de 2015 às 11h19.

Quando a jovem Elizabeth assumiu o trono britânico em 1952, com a morte de seu pai, o rei Jorge VI, ninguém imaginava que ela se tornaria um símbolo de estabilidade em mais de meio século de mudanças econômicas e sociais.

Nesta quarta-feira (9), ela supera a marca de sua tataravó, a rainha Vitória, que ficou no poder por 63 anos, sete meses e dois dias. Não vai haver festa oficial para celebrar o recorde, mas eventos foram preparados em homenagem à monarca.

No Palácio de Kensington, em Londres, onde nasceu a rainha Vitória, uma exposição de fotos e vídeos foi aberta ao público, relembrando fatos marcantes na vida de Elizabeth e de sua tataravó.

A curadora, Deirdre Murphy, acha que a grande similaridade entre as duas líderes é que elas “foram fontes incríveis de força e estabilidade em momentos de grandes mudanças”.

Elizabeth exibe bons índices de popularidade e, mesmo prestes a completar 90 anos, não dá sinais de que pretende abdicar do posto. O historiador e escritor inglês Hugo Vickers afirma que ela não tem motivos para renunciar ao trono e que é muito querida pelo povo britânico.

A rainha estava no poder durante a Guerra Fria e também quando a Grã-Bretanha se juntou à União Europeia, em 1973. Nos atentados terroristas em Londres, que chocaram a nação em 2005, expressou seu pesar ao povo britânico ao visitar pessoalmente os feridos.

Embora alguns analistas questionem o legado de Elizabeth, Vickers acha que ela sempre teve uma visão muito clara de seu papel como monarca e grande capacidade de conciliação. “Elizabeth, a conciliadora, seria um bom adjetivo, pois é isso que ela tem feito ao longo de seu reinado”.

Mesmo convivendo com 12 primeiros-ministros, entre eles Winston Churchil e Margaret Tatcher, a rainha evitou interferir na política britânica.

Quando a Escócia esteve prestes a deixar a Grã-Bretanha por meio de um referendo, no ano passado, ela pediu que os cidadãos pensassem bem antes de votar.

Na década de 90, o fim dos casamentos de seus três filhos e a morte da princesa Diana foram momentos difíceis, que levaram ao enfraquecimento da monarquia na Grã-Bretanha. Apesar disso, a família real e, principalmente, a figura da rainha, vivem hoje nova era de popularidade.

No ano passado, Elizabeth inaugurou uma conta no Twitter, que já tem mais de 1,2 milhão de seguidores.

O ex-secretário de comunicação da rainha Simon Lewis acha que uma das lições aprendidas pela monarquia na Grã-Bretanha é que, para sobreviver, é preciso acompanhar as mudanças que estão ocorrendo na sociedade. “O crédito por esse novo momento deve ser atribuído, em sua maioria, à rainha Elizabeth”, observa.

Acompanhe tudo sobre:CelebridadesEuropaFamília real britânicaInglaterraPaíses ricosReino Unido

Mais de Mundo

Missão da SpaceX foi ao resgate de astronautas presos na ISS

Após morte de Nasrallah, Netanyahu afirma que “trabalho ainda não está concluído”

Bombardeio israelense atinge arredores do aeroporto de Beirute

Morte de Nasrallah é golpe contra Hezbollah, mas impactos são incertos