Putin: o círculo íntimo do presidente russo já está sujeito a sanções pessoais impostas pelos EUA (Lehtikuva/Martti Kainulainen/Reuters)
Reuters
Publicado em 30 de janeiro de 2018 às 17h38.
Moscou - A elite da Rússia desdenhou nesta terça-feira da publicação pelos Estados Unidos de uma lista abrangente de oligarcas próximos do Kremlin, que classificou como uma simples "lista telefônica" dos ricos, mas o porta-voz do Kremlin disse que ela pode prejudicar a imagem dos líderes políticos de seu país.
Um empresário ocidental disse que ela pode criar incertezas em acordos com setores empresariais russos, e um executivo do setor energético da Rússia teme acordos futuros com bancos estrangeiros.
O Departamento do Tesouro dos Estados Unidos relacionou grandes empresários, inclusive os diretores de dois dos maiores bancos russos, magnatas dos metais e o chefe do monopólio estatal de gás, em uma lista de oligarcas íntimos do poder.
A lista de 210 pessoas, incluindo 96 "oligarcas" com fortunas de um bilhão de dólares ou mais, foi elaborada como parte de um pacote de sanções que entrou em vigor em agosto do ano passado.
O documento disse que a inclusão não significa que os mencionados devem ser alvo de sanções, mas pareceu acenar com a possibilidade de tais punições a uma ampla gama de russos ricos.
"A publicação de uma lista tão abrangente de tudo e de todos poderia prejudicar a imagem e a reputação de nossas empresas, nossos empresários, nossos políticos e de membros da liderança", disse o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, ele mesmo citado na compilação, aos repórteres.
O círculo íntimo do presidente russo, Vladimir Putin, já está sujeito a sanções pessoais impostas pelos EUA devido à anexação da Crimeia, região da Ucrânia.
Na segunda-feira a Casa Branca disse que não imporá novas sanções à Rússia de imediato.