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Eletrobras quer produção hidrelétrica na Amazônia

Segundo diretor de Geração da estatal, Valter Cardeal, companhia não irá abrir mão da produção na região como fonte prioritária de geração de energia

Imagens das obras de Belo Monte: como exemplo de geração hidrelétrica na Amazônia, Cardeal citou a construção da usina no Rio Xingu (© Daniel Beltrá / Greenpeace)
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Da Redação

Publicado em 23 de outubro de 2012 às 11h01.

Rio - A Eletrobras não irá abrir mão da produção hidrelétrica na Amazônia como fonte prioritária de geração de energia, afirmou o diretor de Geração da estatal, Valter Cardeal. Em palestra durante a abertura do XIV Congresso Brasileiro de Energia, a fala do executivo foi típica de um membro do governo, planejador do desenvolvimento econômico a partir da geração energia. Neste sentido, citou dois modelos de exploração dos rios da Amazônia: um que terá como prioridade a produção de riqueza e emprego na região onde são instaladas as usinas e outro que irá privilegiar a preservação do meio ambiente na geração de energia necessária ao desenvolvimento econômico.

Como exemplo de geração hidrelétrica na Amazônia, Cardeal citou a construção da usina de Belo Monte, no Rio Xingu, na área de abrangência do município de Altamira, que, em sua opinião, será diretamente beneficiado com a operação do empreendimento. "A usina é um laboratório vivo do desenvolvimento e conhecimento. Em Belo Monte, faremos o maior centro de pesquisa da América Latina em biodiversidade", afirmou.

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Já o complexo de usinas que será construído no Rio Tapajós, também na região amazônica, foi mencionado pelo diretor da Eletrobras como exemplo de projeto que irá priorizar a preservação ambiental. O complexo de Tapajós prevê a instalação de usinas-plataforma, com baixo nível de alagamento da área no entorno.

Financiamento para Belo Monte

Cardeal disse ainda que o financiamento para a hidrelétrica de Belo Monte pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) irá sair até dezembro. O executivo negou que a liberação do financiamento esteja atrasada. "É um financiamento de grande volume. Não é fácil mesmo liberar. Mas não há atraso, faz parte do processo a demora", disse.

Ao sair da palestra, o executivo seguiu para a sede do BNDES, onde disse que trataria do financiamento. O diretor da Eletrobras afirmou que a demora não é fruto de qualquer problema de documentos ou apresentação de garantias financeiras. "O que há são muitos players", argumentou Cardeal, ressaltando que o banco exige informações de todos os acionistas da usina.

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