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Eleições nos EUA: Biden tenta reconquistar eleitores hispânicos em Nevada e Arizona

O presidente americano quer conter a erosão de sua popularidade entre este eleitorado, que costuma votar nos democratas

Biden: ele também terá de marcar alguns pontos em imigração, uma questão importante no Arizona, estado que faz fronteira com o México (Daniel Avis/AFP Photo)

Biden: ele também terá de marcar alguns pontos em imigração, uma questão importante no Arizona, estado que faz fronteira com o México (Daniel Avis/AFP Photo)

AFP
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Agência de notícias

Publicado em 19 de março de 2024 às 12h42.

Última atualização em 19 de março de 2024 às 13h08.

Joe Biden partiu, nesta terça-feira, 19, para Nevada e Arizona, dois estados decisivos para a mobilização do voto latino antes das eleições de novembro, que irá disputar contra Donald Trump.

O presidente americano quer conter a erosão de sua popularidade entre este eleitorado, que costuma votar nos democratas, porque sabe que nas últimas eleições uma parte preferiu o seu rival republicano.

Graças aos abundantes fundos de campanha, a equipe do democrata de 81 anos recruta e mobiliza o máximo possível nestes dois swing states ("estados pendulares"), como são chamados aqueles que se inclinam para um lado ou para o outro durante as eleições presidenciais com base nos candidatos, e nos quais a vitória pode depender apenas de algumas dezenas de milhares de votos.

"Com o direito ao aborto em questão no Arizona e em Nevada, com novos empregos bem remunerados em energia verde e componentes eletrônicos, com o apoio dos sindicatos", Biden e a vice-presidente, Kamala Harris, estão em uma boa posição para continuar conquistando eleitores no sudoeste do país, disse a gerente de campanha Julie Rodríguez em um comunicado.

Imigração

Ele também terá de marcar alguns pontos em imigração, uma questão importante no Arizona, estado que faz fronteira com o México.

Sua estratégia é complexa. Joe Biden deve contra-atacar as incessantes acusações de Trump, que o denuncia por ineficácia face ao fluxo de migrantes na fronteira com o México.

Mas deve fazê-lo sem ofender a sensibilidade do eleitorado progressista e de um bom número de eleitores hispânicos, aos quais prometeu abordar a questão com "humanidade".

Em Nevada, sua primeira parada, Biden destacará sua carreira e seus projetos de moradia.

Em 2020 obteve cerca de 33,5 mil votos a mais que Trump, de um total de 1,3 milhão de votos emitidos, graças à sua vitória nas grandes cidades onde se concentra a população deste estado majoritariamente desértico: Reno e Las Vegas.

Mas o seu rival republicano melhorou ligeiramente o seu resultado em Nevada em comparação com 2016.

O democrata, prejudicado nas pesquisas pela sua idade (81 anos) e pelo alto custo de vida, tem dificuldade em tornar politicamente rentável o sólido crescimento da economia americana.

Na noite desta terça-feira ele irá ao Arizona, palco em 2020 de uma das batalhas mais acirradas das últimas eleições presidenciais.

Lançará uma iniciativa chamada "Latinos com Biden-Harris". Fará isso em um restaurante mexicano em um bairro predominantemente hispânico da cidade de Phoenix.

O eleitorado hispânico, que segundo algumas estimativas representará cerca de um quarto dos votos no Arizona em novembro, poderá deter uma das chaves para as eleições presidenciais.

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