Pesquisas da eleição presidencial na Argentina: Depois de duas rodadas eleitorais cheias de surpresas, são poucos os que se arriscam a prever quem será o próximo presidente da Argentina (JUAN MABROMATA, Tomas CUESTA/AFP)
Redação Exame
Publicado em 16 de novembro de 2023 às 11h05.
Última atualização em 18 de novembro de 2023 às 18h18.
Depois de duas rodadas eleitorais cheias de surpresas, são poucos os que se arriscam a prever quem será o próximo presidente da Argentina. As últimas pesquisas eleitorais mostram um cenário bastante acirrado, com uma pequena vantagem para o ultraliberal Javier Milei.
Na última pesquisa AtlasIntel, divulgada na sexta-feira, 10, Milei lidera com 52,1% das intenções, ante 47,9% de Sergio Massa. Em pesquisas publicadas na quinta-feira, 9, pelo jornal "Clarín", consolidavam cenário de empate, mas também com leve vantagem para Milei, com 43% das intenções, ante 39% de Massa.
A pesquisa ainda apontou que 7% respondeu que votaria em branco ou nulo, 6% estão indecisos e 5% dizem que não vão votar.
Em outra pesquisa, realizada pela Celag (Centro Estratégico Latinoamericano de Geopolítica), Massa apareceu na frente com 46,7% das intenções de voto, contra 45,3% de Milei. Essa foi a única projeção em que o ministro da Economia apareceu na frente.
O órgão fez a pesquisa presencialmente e captou dois cenários eleitorais. O primeiro inclui os votos em branco e o segundo dá conta da intenção considerando apenas os votos válidos. Levando em consideração apenas o segundo cenário, Massa detém 50,8% das intenções de voto, enquanto o oponente possui 49,2%.
Dada a margem de erro da pesquisa, que oscila entre 0,9% e 2,2%, ambos os candidatos estariam praticamente empatados tecnicamente.
A consultora Solmoirago, que tem vínculos com o partido União Cívica Radical — que pertence ao grupo Juntos pela Mudança, mas saiu em apoio a Massa neste segundo turno —, mostra Milei com 44,2% ante 42,5% de Sergio Massa. Semelhante à Opinaia, a pesquisa indica que 7,1% votará em branco ou nulo e 6,2% está indeciso. Contando apenas os votos válidos, Milei leva com 2,02% sobre os 48,98% de Massa.
A lei eleitoral argentina proíbe a divulgação de pesquisas na semana antes da votação. Assim, não serão divulgados novos estudos sobre a preferência do eleitorado na reta final da campanha.
A eleição na Argentina começa com as Paso, as Primárias Abertas, Simultâneas e Obrigatórias. Os eleitores de 17 a 70 anos votam para definir quem será o candidato de cada partido. Quem não atingir 1,5% dos votos fica fora da disputa. O modelo foi pensado para reduzir o número de candidatos no primeiro turno, e serve também como termômetro real de como andam as intenções de voto dos argentinos. A etapa é realizada no país desde 2009.
Depois, é realizado um primeiro turno. Se nenhum candidato obter mais de 45% dos votos, ou ao menos 40% com dez pontos percentuais de vantagem, há um segundo turno. Foi o que ocorreu nas eleições deste ano.
O segundo turno está marcado para este domingo, dia 19 de novembro. O candidato mais votado é eleito presidente do país, que tomará posse em 10 de dezembro.