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Eleição parlamentar em Israel termina empatada

Os partidos de direita, liderados pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, obtiveram 60 dos 120 assentos

Israel: apoiadores do partido de extrema-direita Bayit Yehudi, liderado por Naftali Bennett, celebram na sede da legenda, em Ramat Gan, perto de Tel Aviv (REUTERS / Ronen Zvulun)
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Da Redação

Publicado em 23 de janeiro de 2013 às 06h48.

Brasília – A Comissão Eleitoral de Israel informou hoje (23) que, com 99,5% dos votos apurados, os blocos de direita e centro-esquerda estão empatados no Parlamento (Knesset), que dispõe de um total de 120 vagas.

Os partidos de direita, liderados pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, obtiveram 60 dos 120 assentos e a mesma quantidade foi conquistada pelas legendas de centro-esquerda, incluindo as facções árabes. Os resultados definitivos serão anunciados em uma semana.

Para Saeb Erakat, um dos negociadores do processo de paz entre israelenses e palestinos, os resultados da eleição são um assunto interno israelita. “Qualquer que seja a natureza da coligação do governo, ela deve pretender a paz e seguir a via de uma solução com dois Estados, para restaurar a credibilidade do processo de paz”, disse ele.

A participação nas eleições chegou a 66,6%, registrando leve alta em comparação a 2009, quando foi 65,27%. Em Israel, o voto não é obrigatório. Votam os cidadãos com mais de 18 anos.

Netanyahu deve se manter no cargo, embora o resultado tenha ficado abaixo das expectativas dos aliados dele, indicando que o governo de coalizão poderá se render às tendências de centro-esquerda.

Segundo o primeiro-ministro, suas prioridades serão impedir um eventual ataque do Irã, estabilizar a economia, manter os esforços pela paz, promover um serviço militar e cívico mais igualitário e reduzir o custo de vida.


Os partidos Likud, de Netanyahu, e o Israel Beiteinou, do seu ex-chanceler Avigdor Lieberman, conseguiram apenas 33 assentos dos 120 do Parlamento.

Antes detinham 42 cadeiras. O partido de centro Yesh Atid, criado há um ano pelo jornalista Yair Lapid, conseguiu eleger pelo menos 18 deputados (os números ainda não foram concluídos), tornando-se a segunda maior legenda no país, inclusive na frente do Partido Trabalhista, que obteve 17 assentos.

Em discurso ontem (22), Netanyahu disse que pretende formar “um governo o mais amplo possível”. Para Lapid, é fundamental que o novo governo contenha “elementos moderados de esquerda e de direita para uma mudança real”.

Para analistas políticos, o primeiro-ministro terá de negociar com a centro-esquerda ministérios como os da Defesa, das Relações Exteriores e da Fazenda.

Os partidos ulta-ortodoxos Shas e United Torah-Judaism conquistaram 12 e seis assentos, respectivamente, enquanto o partido de centro Hatnua ficou com sete e o partido pacifista de esquerda Meretz conseguiu o mesmo número.

Os três principais partidos árabe-israelitas conquistaram um total de nove lugares no Knesset, dos quais quatro para o socialista Hadash, três para a nacionalista Formação Árabe Unida e dois para o secular Balad.

*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa.

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Brasília – A Comissão Eleitoral de Israel informou hoje (23) que, com 99,5% dos votos apurados, os blocos de direita e centro-esquerda estão empatados no Parlamento (Knesset), que dispõe de um total de 120 vagas.

Os partidos de direita, liderados pelo primeiro-ministro Benjamin Netanyahu, obtiveram 60 dos 120 assentos e a mesma quantidade foi conquistada pelas legendas de centro-esquerda, incluindo as facções árabes. Os resultados definitivos serão anunciados em uma semana.

Para Saeb Erakat, um dos negociadores do processo de paz entre israelenses e palestinos, os resultados da eleição são um assunto interno israelita. “Qualquer que seja a natureza da coligação do governo, ela deve pretender a paz e seguir a via de uma solução com dois Estados, para restaurar a credibilidade do processo de paz”, disse ele.

A participação nas eleições chegou a 66,6%, registrando leve alta em comparação a 2009, quando foi 65,27%. Em Israel, o voto não é obrigatório. Votam os cidadãos com mais de 18 anos.

Netanyahu deve se manter no cargo, embora o resultado tenha ficado abaixo das expectativas dos aliados dele, indicando que o governo de coalizão poderá se render às tendências de centro-esquerda.

Segundo o primeiro-ministro, suas prioridades serão impedir um eventual ataque do Irã, estabilizar a economia, manter os esforços pela paz, promover um serviço militar e cívico mais igualitário e reduzir o custo de vida.


Os partidos Likud, de Netanyahu, e o Israel Beiteinou, do seu ex-chanceler Avigdor Lieberman, conseguiram apenas 33 assentos dos 120 do Parlamento.

Antes detinham 42 cadeiras. O partido de centro Yesh Atid, criado há um ano pelo jornalista Yair Lapid, conseguiu eleger pelo menos 18 deputados (os números ainda não foram concluídos), tornando-se a segunda maior legenda no país, inclusive na frente do Partido Trabalhista, que obteve 17 assentos.

Em discurso ontem (22), Netanyahu disse que pretende formar “um governo o mais amplo possível”. Para Lapid, é fundamental que o novo governo contenha “elementos moderados de esquerda e de direita para uma mudança real”.

Para analistas políticos, o primeiro-ministro terá de negociar com a centro-esquerda ministérios como os da Defesa, das Relações Exteriores e da Fazenda.

Os partidos ulta-ortodoxos Shas e United Torah-Judaism conquistaram 12 e seis assentos, respectivamente, enquanto o partido de centro Hatnua ficou com sete e o partido pacifista de esquerda Meretz conseguiu o mesmo número.

Os três principais partidos árabe-israelitas conquistaram um total de nove lugares no Knesset, dos quais quatro para o socialista Hadash, três para a nacionalista Formação Árabe Unida e dois para o secular Balad.

*Com informações da agência pública de notícias de Portugal, Lusa.

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