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ElBaradei será julgado no Egito por "traição de confiança"

Ex-vice-presidente do Egito, será processado por "traição de confiança" por sua decisão de renunciar ao cargo que tinha no governo apoiado pelas Forças Armadas

Mohamed ElBaradei: caso, movido por um professor de direito egípcio, será ouvido no tribunal do Cairo no dia 19 de setembro, informaram fontes judiciais nesta terça-feira (Amr Abdallah Dalsh/Reuters)
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Da Redação

Publicado em 20 de agosto de 2013 às 15h46.

Por Lin Noueihed CAIRO - Mohamed ElBaradei, o ex-vice-presidente do Egito , será processado em um tribunal por "traição de confiança" por conta de sua decisão de renunciar ao cargo que tinha no governo apoiado pelas Forças Armadas em protesto à sangrenta repressão das forças de segurança contra membros da Irmandade Muçulmana.

O caso, movido por um professor de direito egípcio, será ouvido no tribunal do Cairo no dia 19 de setembro, informaram fontes judiciais nesta terça-feira.

O episódio aponta para a perspectiva de uma onda de processos judiciais com motivação política após a deposição do preidente Mohamed Mursi, cujos simpatizantes promoveram uma série de processos judiciais contra membros da oposição durante o ano em que ele esteve no poder.

Os processos, muitos deles por "insultar o presidente", foram criticados por ativistas contrários ao governo como sendo uma intimidação política.

ElBaradei, ex-chefe da agência de energia nuclear da Organização das Nações Unidas (ONU), era o liberal mais proeminente a apoiar a deposição de Mursi pelos militares depois de uma onda de protestos contra o presidente.

Mas ele fez novos inimigos no dia 14 de agosto quando renunciou depois das forças de segurança esmagarem acampamentos de manifestantes montados por simpatizantes de Mursi no Cairo, matando centenas de pessoas.

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O episódio aponta para a perspectiva de uma onda de processos judiciais com motivação política após a deposição do preidente Mohamed Mursi, cujos simpatizantes promoveram uma série de processos judiciais contra membros da oposição durante o ano em que ele esteve no poder.

Os processos, muitos deles por "insultar o presidente", foram criticados por ativistas contrários ao governo como sendo uma intimidação política.

ElBaradei, ex-chefe da agência de energia nuclear da Organização das Nações Unidas (ONU), era o liberal mais proeminente a apoiar a deposição de Mursi pelos militares depois de uma onda de protestos contra o presidente.

Mas ele fez novos inimigos no dia 14 de agosto quando renunciou depois das forças de segurança esmagarem acampamentos de manifestantes montados por simpatizantes de Mursi no Cairo, matando centenas de pessoas.

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