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EI é acusado de executar 49 pessoas na Líbia

A ONG entrevistou 45 pessoas que fugiram de Sirte para se refugiar na cidade costeira de Misrata, 240 km a oeste

EI: a ONG entrevistou 45 pessoas que fugiram de Sirte para se refugiar na cidade costeira de Misrata, 240 km a oeste (Mahmud Turkia / AFP)
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Da Redação

Publicado em 18 de maio de 2016 às 14h47.

A organização Human Rights Watch (HRW) acusou nesta quarta-feira o grupo extremista Estado Islâmico (EI) de executar 49 pessoas extrajudicialmente em Sirte, seu reduto na Líbia , acrescentando que estas mortes constituem crimes de guerra.

O EI submete a população desta cidade costeira a oeste da Líbia a uma "dura prova" desde a sua chegada no final de 2014, especialmente desviando alimentos, medicamentos, combustível e dinheiro, denunciou a ONG .

O grupo radical decapitou ou atirou em 49 pessoas por supostos crimes de blasfêmia, feitiçaria e espionagem, indicou o HRW em seu relatório de 41 páginas.

A ONG entrevistou 45 pessoas que fugiram de Sirte para se refugiar na cidade costeira de Misrata, 240 km a oeste.

"Os habitantes de Sirte evocam cenas de horror como decapitações públicas, corpos pendurados em andaimes como que 'crucificados' e homens tirados de suas camas à noite por combatentes encapuzados", aponta o relatório.

"Relatam que a polícia da moralidade, auxiliada por informantes, patrulha as ruas, ameaçando e punindo os homens que fumam, que escutam música ou cujas esposas ou irmãs não vestem a abaya preto (longa vestimenta preta que cobre todo o corpo)", acrescentou.

Mais de dois terços dos 80.000 habitantes da cidade fugiu após a chegada do El, de acordo com o documento.

As 49 execuções de Sirte foram precedidas por "julgamento secretos que não cumprem as normas internacionais de segurança e de imparcialidade", afirma o HRW.

O grupo jihadista, ativo na Síria e no Iraque, aproveitou o caos estabelecido na Líbia desde a revolta que pôs fim à ditadura de Muammar Khaddafi em 2011 para se infiltrar neste país rico em petróleo.

De acordo com fontes francesas e americanas, o EI tem entre 3.000 e 5.000 combatentes no país, a maioria estrangeiros.

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A organização Human Rights Watch (HRW) acusou nesta quarta-feira o grupo extremista Estado Islâmico (EI) de executar 49 pessoas extrajudicialmente em Sirte, seu reduto na Líbia , acrescentando que estas mortes constituem crimes de guerra.

O EI submete a população desta cidade costeira a oeste da Líbia a uma "dura prova" desde a sua chegada no final de 2014, especialmente desviando alimentos, medicamentos, combustível e dinheiro, denunciou a ONG .

O grupo radical decapitou ou atirou em 49 pessoas por supostos crimes de blasfêmia, feitiçaria e espionagem, indicou o HRW em seu relatório de 41 páginas.

A ONG entrevistou 45 pessoas que fugiram de Sirte para se refugiar na cidade costeira de Misrata, 240 km a oeste.

"Os habitantes de Sirte evocam cenas de horror como decapitações públicas, corpos pendurados em andaimes como que 'crucificados' e homens tirados de suas camas à noite por combatentes encapuzados", aponta o relatório.

"Relatam que a polícia da moralidade, auxiliada por informantes, patrulha as ruas, ameaçando e punindo os homens que fumam, que escutam música ou cujas esposas ou irmãs não vestem a abaya preto (longa vestimenta preta que cobre todo o corpo)", acrescentou.

Mais de dois terços dos 80.000 habitantes da cidade fugiu após a chegada do El, de acordo com o documento.

As 49 execuções de Sirte foram precedidas por "julgamento secretos que não cumprem as normas internacionais de segurança e de imparcialidade", afirma o HRW.

O grupo jihadista, ativo na Síria e no Iraque, aproveitou o caos estabelecido na Líbia desde a revolta que pôs fim à ditadura de Muammar Khaddafi em 2011 para se infiltrar neste país rico em petróleo.

De acordo com fontes francesas e americanas, o EI tem entre 3.000 e 5.000 combatentes no país, a maioria estrangeiros.

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