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Egito: gabinete começa a trabalhar, Irmandade chama protesto

Exército acusou os partidários de Mursi de estimularem manifestações armadas perto de quartéis e dar caráter religioso a uma disputa política

Egípcios favoráveis à Irmandade Muçulmana: não há no gabinete representantes das duas principais facções islâmicas que venceram 5 eleições desde a rebelião que derrubou Hosni Mubarak (Mahmoud Khaled/AFP)
DR

Da Redação

Publicado em 17 de julho de 2013 às 09h50.

Cairo - Partidários do presidente deposto Mohamed Mursi convocaram grandes manifestações na quarta-feira no Egito , num protesto contra a formação de um gabinete provisório que iniciou seu primeiro dia de trabalho.

O Exército, que há duas semanas depôs o primeiro presidente eleito livremente na história egípcia, acusou os partidários de Mursi de estimularem manifestações armadas perto de quartéis e de tentarem dar caráter religioso a uma disputa política.

Na terça-feira, tomaram posse 33 ministros interinos, a maioria tecnocratas e liberais. Não há no gabinete nenhum representante das duas principais facções islâmicas que venceram cinco eleições consecutivas desde a rebelião que derrubou a ditadura de Hosni Mubarak em 2011.

"Será que (o gabinete) acredita em si mesmo? Alguém acredita?", escreveu Essam El Erian, dirigente da Irmandade, na sua página do Facebook.

"Como ele pode ter qualquer autoridade quando sabe que com uma palavra dos militares todos os seus membros podem ser mandados para casa com medo de serem presos?", questionou.

A posse aconteceu em um ornamentado salão oficial, horas depois de confrontos nas ruas entre partidários de Mursi e as forças de segurança. Com sete mortos e 260 feridos, esses foram os incidentes mais graves em uma semana.

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O Exército, que há duas semanas depôs o primeiro presidente eleito livremente na história egípcia, acusou os partidários de Mursi de estimularem manifestações armadas perto de quartéis e de tentarem dar caráter religioso a uma disputa política.

Na terça-feira, tomaram posse 33 ministros interinos, a maioria tecnocratas e liberais. Não há no gabinete nenhum representante das duas principais facções islâmicas que venceram cinco eleições consecutivas desde a rebelião que derrubou a ditadura de Hosni Mubarak em 2011.

"Será que (o gabinete) acredita em si mesmo? Alguém acredita?", escreveu Essam El Erian, dirigente da Irmandade, na sua página do Facebook.

"Como ele pode ter qualquer autoridade quando sabe que com uma palavra dos militares todos os seus membros podem ser mandados para casa com medo de serem presos?", questionou.

A posse aconteceu em um ornamentado salão oficial, horas depois de confrontos nas ruas entre partidários de Mursi e as forças de segurança. Com sete mortos e 260 feridos, esses foram os incidentes mais graves em uma semana.

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