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Egito chega a acordo mas novos protestos são marcados

A oposição manteve a convocação para novas manifestações, nesta sexta-feira, contra o presidente Mohamed Mursi

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 31 de janeiro de 2013 às 14h33.

Cairo - Os principais partidos rivais do Egito se comprometeram nesta quinta-feira a combater a violência, que causou dezenas de mortes em uma semana, e a favorecer um diálogo para a saída da crise, mas a oposição manteve a convocação para novas manifestações, nesta sexta-feira, contra o presidente Mohamed Mursi.

A Frente de Salvação Nacional (FSN), principal coalizão da oposição, o Partido da Liberdade e da Justiça, braço político da Irmandade Muçulmana, formação da qual saiu o presidente Mursi, islamitas, grupos revolucionários, independentes e representantes das igrejas do Egito participaram de uma reunião no Cairo organizada pelo imã de Al-Azhar, Ahmed al-Tayeb, a principal autoridade do islã sunita.

Esta reunião ocorre num momento em que se multiplicam as tentativas de favorecer o diálogo, quando o Egito vive há uma semana uma nova onda de violência que começou com a celebração do segundo aniversário da revolta popular que depôs Hosni Mubarak e que se intensificou no sábado com a condenação à pena de morte de 21 torcedores de uma equipe de futebol.

A violência, que deixou ao menos 56 mortos, ocorre em um contexto de contestação do poder de Mursi, primeiro presidente islâmico civil do Egito, e de uma grave crise econômica.

Em um comunicado assinado no fim da reunião, os participantes "denunciam a violência em todas as suas formas", e prometem se abster de "toda incitação à violência".

Eles também ressaltam "a responsabilidade do Estado e de seu aparelho de segurança de proteger os cidadãos".


"Nós deixamos as discussões com certo otimismo, apesar dos difíceis desafios que enfrentamos", declarou Mohamed El Baradei, figura de destaque da FSN.

Ele se referiu a "um acordo para resolver as diferenças por meios pacíficos", alguns dias depois de ter rejeitado um apelo ao diálogo lançado por Mursi.

"Nós trabalhamos para salvar o Egito", declarou por sua vez Amr Musa, outro dirigente da FSN.

"Todos (os participantes) expressaram sua disposição para fazer concessões", explicou Saad al-Katatni, líder do PLJ. "A resolução dos problemas da transição democrática passam inevitavelmente pelo diálogo", acrescentou.

De acordo com ele, um comitê representativo das facções políticas e dos jovens ficou encarregado de preparar este diálogo "sem pré-condições estabelecidas".

Os participantes se comprometeram a resolver suas diferenças "por um diálogo sério", segundo o documento de Al-Azhar.

"O diálogo nacional, ao qual vão participar todos os componentes da sociedade, sem exclusão, é o único modo de resolver as diferenças", ressaltou o imã no início da reunião.


O diálogo é uma "garantia contra o monopólio do poder, que conduz à tirania", ressaltou, ao pedir por "uma alternância pacífica do poder".

Apesar dos riscos de novos episódios de violência, a FSN confirmou em um comunicado que mantém sua convocação para novas manifestações na sexta-feira para denunciar a política do presidente Mursi, acusado de trair a revolução e de concentrar o poder nas mãos da Irmandade Muçulmana.

Os confrontos durante a semana entre manifestantes e forças de ordem, que também deixaram centenas de feridos, obrigaram Mursi a decretar na segunda-feira estado de emergência e toque de recolher em três províncias do noroeste, Port-Said, Suez e Ismailiya.

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Cairo - Os principais partidos rivais do Egito se comprometeram nesta quinta-feira a combater a violência, que causou dezenas de mortes em uma semana, e a favorecer um diálogo para a saída da crise, mas a oposição manteve a convocação para novas manifestações, nesta sexta-feira, contra o presidente Mohamed Mursi.

A Frente de Salvação Nacional (FSN), principal coalizão da oposição, o Partido da Liberdade e da Justiça, braço político da Irmandade Muçulmana, formação da qual saiu o presidente Mursi, islamitas, grupos revolucionários, independentes e representantes das igrejas do Egito participaram de uma reunião no Cairo organizada pelo imã de Al-Azhar, Ahmed al-Tayeb, a principal autoridade do islã sunita.

Esta reunião ocorre num momento em que se multiplicam as tentativas de favorecer o diálogo, quando o Egito vive há uma semana uma nova onda de violência que começou com a celebração do segundo aniversário da revolta popular que depôs Hosni Mubarak e que se intensificou no sábado com a condenação à pena de morte de 21 torcedores de uma equipe de futebol.

A violência, que deixou ao menos 56 mortos, ocorre em um contexto de contestação do poder de Mursi, primeiro presidente islâmico civil do Egito, e de uma grave crise econômica.

Em um comunicado assinado no fim da reunião, os participantes "denunciam a violência em todas as suas formas", e prometem se abster de "toda incitação à violência".

Eles também ressaltam "a responsabilidade do Estado e de seu aparelho de segurança de proteger os cidadãos".


"Nós deixamos as discussões com certo otimismo, apesar dos difíceis desafios que enfrentamos", declarou Mohamed El Baradei, figura de destaque da FSN.

Ele se referiu a "um acordo para resolver as diferenças por meios pacíficos", alguns dias depois de ter rejeitado um apelo ao diálogo lançado por Mursi.

"Nós trabalhamos para salvar o Egito", declarou por sua vez Amr Musa, outro dirigente da FSN.

"Todos (os participantes) expressaram sua disposição para fazer concessões", explicou Saad al-Katatni, líder do PLJ. "A resolução dos problemas da transição democrática passam inevitavelmente pelo diálogo", acrescentou.

De acordo com ele, um comitê representativo das facções políticas e dos jovens ficou encarregado de preparar este diálogo "sem pré-condições estabelecidas".

Os participantes se comprometeram a resolver suas diferenças "por um diálogo sério", segundo o documento de Al-Azhar.

"O diálogo nacional, ao qual vão participar todos os componentes da sociedade, sem exclusão, é o único modo de resolver as diferenças", ressaltou o imã no início da reunião.


O diálogo é uma "garantia contra o monopólio do poder, que conduz à tirania", ressaltou, ao pedir por "uma alternância pacífica do poder".

Apesar dos riscos de novos episódios de violência, a FSN confirmou em um comunicado que mantém sua convocação para novas manifestações na sexta-feira para denunciar a política do presidente Mursi, acusado de trair a revolução e de concentrar o poder nas mãos da Irmandade Muçulmana.

Os confrontos durante a semana entre manifestantes e forças de ordem, que também deixaram centenas de feridos, obrigaram Mursi a decretar na segunda-feira estado de emergência e toque de recolher em três províncias do noroeste, Port-Said, Suez e Ismailiya.

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