Mundo

Egípcio é preso por escrever romance sexualmente explícito

Ahmed Naji foi condenado a dois anos de prisão por indecência pública ao publicar trechos de seu romance em um jornal de literatura do país

Ahmed Naji, escritor egípcio, foi condenado a dois anos de prisão por romance sexualmente explícito (Divulgação/Facebook)

Ahmed Naji, escritor egípcio, foi condenado a dois anos de prisão por romance sexualmente explícito (Divulgação/Facebook)

DR

Da Redação

Publicado em 21 de fevereiro de 2016 às 17h38.

CAIRO - Um tribunal no Egito condenou um escritor a dois anos de prisão por indecência pública depois que trechos de seu romance sexualmente explícito foram publicados em um jornal de literatura.

Um capítulo do romance "Istikhdam al-Hayat", ou "Usando a Vida", de Ahmed Naji, foi publicado em um jornal estatal de literatura e um processo foi aberto contra ele no ano passado por um cidadão egípcio que afirmou que os trechos causaram a ele aflição e palpitações.

Naji foi liberado inicialmente em janeiro, mas a promotoria apelou da decisão e ele foi condenado a dois anos de prisão no novo julgamento realizado no sábado, disse seu advogado. Cabe recurso contra a decisão.

Na decisão inicial, o tribunal afirmou que liberou Naji porque a liberdade de expressão está prevista na constituição do país e acrescentou que a moralidade era subjetiva. A segunda decisão ainda precisa divulgar suas razões para condenar o escritor à prisão.

O editor do jornal foi condenado a pagar multa de 10 mil libras egípcias (1,277 dólares). A sentença foi considerada por escritores, jornalistas e defensores dos direitos humanos como uma afronta à liberdade de expressão.

Acompanhe tudo sobre:ÁfricaEgitoEscritoresPrisões

Mais de Mundo

Eleição na Venezuela: Urnas fecham com atraso e oposição pede que eleitores acompanhem contagem

Eleições na Venezuela: compare os planos de governo de Nicolás Maduro e Edmundo González Urrutia

Maduro convoca apoiadores para mobilização de votos de última hora

Venezuelanos protestam em Miami por não poderem votar nas eleições de seu país

Mais na Exame