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Economia brasileira está blindada contra o risco eleição

Analistas descartam turbulências parecidas com as de 2002, mesmo que haja declarações polêmicas dos candidatos

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Lula e José Serra vivenciaram fortes turbulências na campanha de 2002 (.)

Lula e José Serra vivenciaram fortes turbulências na campanha de 2002 (.)

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Luís Artur Nogueira

Publicado em 10 de outubro de 2010 às, 03h36.

São Paulo - O debate político neste ano não deve trazer turbulências para o mercado financeiro. Nem mesmo eventuais declarações polêmicas serão levadas muito a sério pelos agentes. A convicção dos analistas é de que o próximo presidente da República, seja quem for, não vai alterar o tripé econômico: superávit primário, câmbio flutuante e metas de inflação. 

"A política não vai atrapalhar a economia", diz o diretor do FAAP MBA, Tharcísio Souza Santos, ressaltando que o cenário macroeconômico deste ano não tem nada a ver com o de 2002, quando o então candidato Luiz Inácio Lula da Silva liderava as pesquisas eleitorais. Naquela época, o dólar e o Risco Brasil dispararam, obrigando o Banco Central a elevar os juros básicos.

Até agora, os pontos mais polêmicos levantados pelos dois principais pré-candidatos à Presidência não repercutiram no mercado. A petista Dilma Rousseff defende uma maior participação do Estado na economia. O tucano José Serra disse que o presidente da República tem que fazer sentir sua posição diante das decisões do Banco Central. Embora os agentes financeiros não gostem desse tipo de declaração, há a percepção de que, na prática, a política econômica não será alterada.

"Se alguém tentar mudar isso no ano que vem, sofrerá uma resposta imediata do mercado e, no momento seguinte, baixará a bola", prevê o economista-chefe da Gradual Investimentos, Pedro Paulo Silveira.

O professor Tharcísio Souza Santos é favorável à independência formal do Banco Central, embora reconheça que esse tipo de debate dificilmente terá espaço na campanha. "A instituição não pode estar ao sabor do jogo político", diz Santos, que também defende uma discussão sobre os custos e a eficiência do Estado. 

O câmbio normalmente é um dos principais termômetros do descontentamento do mercado. Em 2002, por exemplo, diante do chamado Risco Lula, o dólar bateu na casa dos R$ 4,00. Agora, os analistas projetam situação bem mais tranqüila, com cotação média de R$ 1,80 no ano. "Se houver volatilidade no câmbio, será por causa do crise europeia", diz Silveira, que prevê um possível estresse de origem política apenas na véspera da votação.
 

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