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É inaceitável tratamento de a refugiados na Hungria, diz ONU

O secretário-geral Ban Ki-moon disse que está "impactado" sobre como estão sendo tratados os grupos de refugiados em países como a Hungria


	"Devemos ser compassivos com as pessoas que estão fugindo da guerra e da perseguição", disse Ban Ki-moon
 (Kena Betancur/AFP)

"Devemos ser compassivos com as pessoas que estão fugindo da guerra e da perseguição", disse Ban Ki-moon (Kena Betancur/AFP)

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Da Redação

Publicado em 16 de setembro de 2015 às 15h57.

Nações Unidas - O secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, afirmou nesta quarta-feira que está "impactado" sobre como estão sendo tratados os grupos de imigrantes em países como a Hungria e disse que essa situação "não é aceitável".

"Pode ser que alguns países tenham problemas nacionais, todos têm, mas devemos ser compassivos com as pessoas que estão fugindo da guerra e da perseguição", afirmou Ban em entrevista coletiva na sede Nações Unidas ao ser perguntado sobre as informações que indicam que hoje a polícia da Hungria estava reprimindo com métodos antidistúrbios um grupo de refugiados que tentou atravessar a fronteira desde a Sérvia.

"Fiquei impactado ao ver como estes migrantes estão sendo tratados. Não é aceitável", afirmou Ban Ki-moon ao fazer um balanço dos conflitos latentes, às vésperas da Assembleia Geral da ONU.

Ban assinalou que nos últimos dias falou com altas autoridades europeias, incluídas as da Hungria, e insistiu para que tratem este tema "de acordo com as convenções internacionais relevantes" em matéria de assistência humanitária e de direitos humanos.

"Os imigrantes que estão chegando à Europa, que escapam de conflitos bélicos como os de Síria, Líbia e Iraque, devem receber assistência e refúgio, e a comunidade internacional deve tratá-los como seres humanos".

Ele agradeceu os esforços que a União Europeia está fazendo para abordar este problema, embora tenha reconhecido que há "diferenças de posições" entre essas nações dependendo das condições de cada país.

Em mensagem anterior, Ban disse que atualmente há mais de 100 milhões de pessoas, "uma em cada 70 no mundo", que precisam de assistência por uma série de "conflitos brutais", erros na governança ou "desespero econômico".

Ele lembrou que o fluxo de refugiados atualmente alcança números que não eram vistos desde a Segunda Guerra Mundial, "60 milhões de pessoas abandonaram seus lares", insistiu.

"Peço a todos a quem os direitos dos refugiados dependem que se coloquem no lugar deles", advertiu. Ban ressaltou que só no Líbano 25% da população é atualmente de refugiados sírios. 

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