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Duterte diz que forças dos EUA devem deixar o sul do país

Duterte não fixou uma data para a retirada, mas afirmou que a presença de soldados americanos em Mindanao deixa a situação "ainda mais volátil" nessa região

Rodrigo Duterte: ele acrescentou que os integrantes do Abu Sayyaf matarão os soldados americanos ao se depararem com eles (Reuters)
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Da Redação

Publicado em 12 de setembro de 2016 às 12h16.

Manila - O presidente das Filipinas , Rodrigo Duterte, disse nesta segunda-feira que as forças especiais dos Estados Unidos têm que sair do sul do país porque são um alvo tentador para o Abu Sayyaf, um grupo terrorista associado ao Estado Islâmico ( EI ).

"As Forças Especiais dos EUA devem sair. Elas têm que sair de Mindanao, há muitos americanos ali", afirmou o líder em discurso durante a cerimônia de posse de vários cargos públicos no palácio presidencial em Manila, segundo o meio local "Rappler".

Duterte não fixou uma data para a retirada, mas afirmou que a presença de soldados americanos em Mindanao deixa a situação "ainda mais volátil" nessa região, e acrescentou que os integrantes do Abu Sayyaf matarão os soldados americanos ao se depararem com eles.

Os EUA enviaram um contingente a Mindanao em 2002 para cooperar na luta contra o terrorismo nesse território, onde operam vários grupos armados, como o Abu Sayyaf e o comunista Novo Exército do Povo.

A operação foi encerrada em fevereiro de 2015, mas um pequeno grupo de militares permaneceu para oferecer apoio ao exército das Filipinas contra os terroristas do Abu Sayyaf.

O presidente filipino disse que a "pacificação" de Mindanao por parte do exército americano no início do século XX ainda é lembrada nessa região, e mostrou aos presentes imagens dos massacres de cidadãos muçulmanos cometidos pelas forças dos EUA naquela época.

Duterte afirmou que queria "mudar o enfoque" da política externa filipina há algum tempo.

As Filipinas e os EUA fortaleceram sua parceria militar em 2014 e os dois países são aliados tradicionais na região, onde compartilham uma mesma estratégia frente à China no conflito territorial do Mar da China Meridional.

No entanto, a relação entre os dois países sofreu uma notável deterioração desde a chegada de Duterte à presidência do país asiático, em 30 de junho de 2016.

Em seus pouco mais de dois meses de mandato, Duterte rejeitou em diversas ocasiões a influência da Casa Branca e chamou de "filho da p..." tanto o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, como o embaixador americano em Manila, Philip Goldberg.

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Manila - O presidente das Filipinas , Rodrigo Duterte, disse nesta segunda-feira que as forças especiais dos Estados Unidos têm que sair do sul do país porque são um alvo tentador para o Abu Sayyaf, um grupo terrorista associado ao Estado Islâmico ( EI ).

"As Forças Especiais dos EUA devem sair. Elas têm que sair de Mindanao, há muitos americanos ali", afirmou o líder em discurso durante a cerimônia de posse de vários cargos públicos no palácio presidencial em Manila, segundo o meio local "Rappler".

Duterte não fixou uma data para a retirada, mas afirmou que a presença de soldados americanos em Mindanao deixa a situação "ainda mais volátil" nessa região, e acrescentou que os integrantes do Abu Sayyaf matarão os soldados americanos ao se depararem com eles.

Os EUA enviaram um contingente a Mindanao em 2002 para cooperar na luta contra o terrorismo nesse território, onde operam vários grupos armados, como o Abu Sayyaf e o comunista Novo Exército do Povo.

A operação foi encerrada em fevereiro de 2015, mas um pequeno grupo de militares permaneceu para oferecer apoio ao exército das Filipinas contra os terroristas do Abu Sayyaf.

O presidente filipino disse que a "pacificação" de Mindanao por parte do exército americano no início do século XX ainda é lembrada nessa região, e mostrou aos presentes imagens dos massacres de cidadãos muçulmanos cometidos pelas forças dos EUA naquela época.

Duterte afirmou que queria "mudar o enfoque" da política externa filipina há algum tempo.

As Filipinas e os EUA fortaleceram sua parceria militar em 2014 e os dois países são aliados tradicionais na região, onde compartilham uma mesma estratégia frente à China no conflito territorial do Mar da China Meridional.

No entanto, a relação entre os dois países sofreu uma notável deterioração desde a chegada de Duterte à presidência do país asiático, em 30 de junho de 2016.

Em seus pouco mais de dois meses de mandato, Duterte rejeitou em diversas ocasiões a influência da Casa Branca e chamou de "filho da p..." tanto o presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, como o embaixador americano em Manila, Philip Goldberg.

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