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Dois policiais mortos em ataque no norte de Israel

Várias pessoas ficaram feridas em um ataque no domingo na cidade de Hadera, no norte de Israel, no dia da visita de autoridades árabes e americanas,

Ataque: dois membros das unidades antiterroristas da Polícia de Fronteira que estavam em um restaurante perto do local do ataque saíram e neutralizaram os agressores (AFP/AFP Photo)

Ataque: dois membros das unidades antiterroristas da Polícia de Fronteira que estavam em um restaurante perto do local do ataque saíram e neutralizaram os agressores (AFP/AFP Photo)

Karla Mamona

Karla Mamona

Publicado em 27 de março de 2022 às 19h30.

Pelo menos dois policiais morreram e várias pessoas ficaram feridas em um ataque no domingo (27)  na cidade de Hadera, no norte de Israel, no dia da visita de autoridades árabes e americanas, informou a polícia.

Dudu Boani, número dois da polícia desta região, indicou que os mortos eram dois policiais e que as forças especiais mataram os autores do ataque, cuja identidade ainda é desconhecida.

"Dois membros das unidades antiterroristas da Polícia de Fronteira que estavam em um restaurante perto do local do ataque saíram e neutralizaram os agressores", disse uma fonte de segurança israelense à AFP.

Imagens de câmeras de vigilância de Hadera, situada entre as cidades de Tel Aviv e Haifa, transmitidas por canais israelenses, mostraram dois homens atirando com armas automáticas em uma rua. Um repórter da AFP viu um corpo caído no chão.

Logo após o ataque, as forças de segurança estavam inspecionando áreas de Umm al-Fahm, uma cidade árabe a cerca de 20 quilômetros de Hadera, disseram testemunhas.

Em diferentes declarações, os movimentos islâmicos palestinos armados do Hamas e da Jihad Islâmica aplaudiram "a operação heróica de Hadera", sem, no entanto, reivindicar a responsabilidade pelo ataque.

"Dois israelenses morreram em um ataque terrorista", relatou Magen David Adom, o equivalente israelense da Cruz Vermelha, indicando que seis pessoas feridas foram tratadas.

-Cúpula em Negev-

O ataque coincide com a realização de uma cúpula no domingo e na segunda-feira em Israel com os chefes da diplomacia dos Estados Unidos, Egito, Emirados, Bahrein e Marrocos em uma cidade do deserto de Neguev, no sul do país.

O ministro da Defesa, Benny Gantz, se encontrou à tarde com o chefe de polícia e o exército, enquanto o primeiro-ministro, Naftali Bennett, que havia se reunido horas antes em Jerusalém com o secretário de Estado americano, Antony Blinken, estava a caminho de Hadera, indicou seu gabinete.

O ministro das Relações Exteriores de Israel, Yair Lapid, afirmou que havia "informado" os participantes da cúpula sobre o ataque na cidade de Hadera.

"Todos os ministros das Relações Exteriores condenaram o ataque e transmitiram suas condolências às famílias das vítimas", afirmou.

Quatro pessoas morreram na terça-feira em outro ataque, neste caso com uma faca e veículo kamikaze, na principal cidade do deserto de Negev.

O agressor foi identificado pelas autoridades como Mohammed Abu Al Kiyan, professor da cidade beduína de Hura, no Negev,  que já havia sido condenado em 2016 a quatro anos de prisão por planejar viajar à Síria para lutar ao lado do grupo jihadista Estado Islâmico e por defendê-lo.

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