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Disputa sobre sionismo aprofunda racha entre ex-aliados

Primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, acusou o turco Tayyip Erdogan de fazer uma declaração "escura e falsa" ao chamar o sionismo de crime contra a humanidade


	Tayyip Erdogan: "assim como o sionismo, o antisemitismo e o fascismo, tornou-se impossível não ver a islamofobia como um crime contra a humanidade"
 (Adem Altan/AFP)

Tayyip Erdogan: "assim como o sionismo, o antisemitismo e o fascismo, tornou-se impossível não ver a islamofobia como um crime contra a humanidade" (Adem Altan/AFP)

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Da Redação

Publicado em 1 de março de 2013 às 08h38.

Jerusalém - O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, acusou seu homólogo turco, Tayyip Erdogan, de fazer uma declaração "escura e falsa" ao chamar o sionismo de crime contra a humanidade, um comentário que deve prejudicar os esforços para reparar os laços entre os dois antigos aliados.

A declaração do primeiro-ministro turco, feita em uma reunião da ONU em Viena na quarta-feira, também foi condenada pelo secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, que a considerou "dolorosa e divisiva", e pela Casa Branca.

O chefe do principal grupo de rabinos da Europa a chamou de um "ataque de ódio" contra os judeus.

"Assim como o sionismo, o antisemitismo e o fascismo, tornou-se impossível não ver a islamofobia como um crime contra a humanidade", disse o primeiro-ministro turco no fórum Aliança de Civilizações da ONU, de acordo com relatos da mídia turca.

Os laços entre Israel e Turquia, de maioria muçulmana, estão prejudicados desde 2010, quando nove turcos foram mortos por comandos israelenses que invadiram um navio que transportava ajuda aos palestinos em Gaza.

Nas últimas semanas, tem havido uma série de relatos na imprensa turca e israelense sobre os esforços para reparar as relações, incluindo uma reunião diplomática de alto nível no início deste mês em Roma e a transferência de equipamentos militares.

Um comunicado do gabinete do primeiro-ministro israelense disse que Netanyahu "condena veementemente a declaração (de Erdogan) sobre o sionismo e sua comparação com o fascismo".


O movimento sionista foi a principal força por trás da criação do Estado de Israel.

"Este é um pronunciamento escuro e falso, do tipo que nós pensávamos ter passado à história", disse Netanyahu, segundo o comunicado divulgado na quinta-feira.

A chancelaria turca não estava imediatamente disponível para comentar as críticas do primeiro-ministro israelense.

Pinchas Goldschmidt, rabino-chefe de Moscou e chefe da Conferência de Rabinos Europeus, disse que as críticas de Erdogan a sionismo remontam ao antisemitismo.

"Este é um ataque ignorante e odioso sobre o povo judeu e contra um movimento que tem a paz em seu núcleo, que relega o primeiro-ministro Erdogan ao nível de Mahmoud Ahmadinejad (presidente iraniano) e dos líderes soviéticos que usaram o antisionismo como um eufemismo para o antisemitismo", disse Goldschmidt em comunicado enviado por email.

A Casa Branca também condenou a declaração. "Nós rejeitamos a caracterização do primeiro-ministro Erdogan do sionismo como um crime contra a humanidade, o que é ofensivo e errado", disse o porta-voz da Casa Branca Tommy Vietor em comunicado.

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