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Direita protesta contra muçulmanos e Cameron sofre pressão

"Suicidas muçulmanos, saiam das nossas ruas", gritavam os participantes do ato, que foi tenso, mas em geral pacífico

EXAME.com (EXAME.com)
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Da Redação

Publicado em 27 de maio de 2013 às 18h35.

Londres - Cerca de mil manifestantes de ultradireita saíram nesta segunda-feira pelo centro de Londres num protesto antimuçulmano, motivado pelo assassinato de um militar na semana passada na cidade.

"Suicidas muçulmanos, saiam das nossas ruas", gritavam os participantes do ato, que foi tenso, mas em geral pacífico. Os manifestantes, ligados ao grupo Liga de Defesa Inglesa, ficaram em frente à residência oficial do primeiro-ministro David Cameron, agitando cartazes e gritando obscenidades anti-islâmicas.

"O extremismo islâmico é provavelmente a ameaça número 1 à Grã-Bretanha", disse o manifestante Ben Gates.

Na última quarta-feira, o soldado Lee Rigby, de 25 anos, foi atropelado e esfaqueado numa rua londrina por dois homens que disseram agir como vingança pelas guerras britânicas em países islâmicos.

No sábado, um protesto contra o crime já havia atraído quase 2.000 pessoas em Newcastle (norte). Dois homens foram presos durante a noite por atirarem bombas caseiras contra um centro cultural islâmico de Grimsby, no nordeste da Inglaterra. Ataques similares já haviam sido registrados na semana passada.

Enquanto grupos antirracismo alertavam para o risco de mais represálias, Cameron sofria intensa pressão nesta segunda-feira por sair de férias. Diante das fotos em que ele aparece veraneando em Ibiza, alguns jornais questionaram sua liderança num momento de inquietação.

"Será que Ibiza está ‘sussa' o bastante para você, primeiro-ministro?", perguntou o jornal direitista Daily Mail.

A entidade Faith Matters, que atua pela conciliação religiosa, disse ter notado um aumento nos registros de ataques anti-islâmicos por meio do seu disque-denúncia. O grupo descreveu os incidentes como "ataques muito focados e muito agressivos".

Em Londres, dois memoriais de guerra foram vandalizados durante a noite com pichações vermelhas, incluindo a palavra "islã".

Numa tentativa de se contrapor ao protesto da direita, o grupo antifascista "Unam-se Contra o Racismo" realizou sua própria manifestação perto da residência oficial, mas atraiu bem menos participantes do que no protesto da Liga de Defesa Inglesa.

Alguns manifestantes de direita atiraram garrafas e moedas nos rivais antifascistas. Um cordão de agentes e veículos policiais impediu que os dois grupos se aproximassem.

Dois suspeitos de origem nigeriana foram baleados e presos logo depois do ataque que matou o soldado na semana passada, e no total as autoridades detiveram dez pessoas por suspeita de ligação com o crime, mas três delas já foram liberadas sob fiança.

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Londres - Cerca de mil manifestantes de ultradireita saíram nesta segunda-feira pelo centro de Londres num protesto antimuçulmano, motivado pelo assassinato de um militar na semana passada na cidade.

"Suicidas muçulmanos, saiam das nossas ruas", gritavam os participantes do ato, que foi tenso, mas em geral pacífico. Os manifestantes, ligados ao grupo Liga de Defesa Inglesa, ficaram em frente à residência oficial do primeiro-ministro David Cameron, agitando cartazes e gritando obscenidades anti-islâmicas.

"O extremismo islâmico é provavelmente a ameaça número 1 à Grã-Bretanha", disse o manifestante Ben Gates.

Na última quarta-feira, o soldado Lee Rigby, de 25 anos, foi atropelado e esfaqueado numa rua londrina por dois homens que disseram agir como vingança pelas guerras britânicas em países islâmicos.

No sábado, um protesto contra o crime já havia atraído quase 2.000 pessoas em Newcastle (norte). Dois homens foram presos durante a noite por atirarem bombas caseiras contra um centro cultural islâmico de Grimsby, no nordeste da Inglaterra. Ataques similares já haviam sido registrados na semana passada.

Enquanto grupos antirracismo alertavam para o risco de mais represálias, Cameron sofria intensa pressão nesta segunda-feira por sair de férias. Diante das fotos em que ele aparece veraneando em Ibiza, alguns jornais questionaram sua liderança num momento de inquietação.

"Será que Ibiza está ‘sussa' o bastante para você, primeiro-ministro?", perguntou o jornal direitista Daily Mail.

A entidade Faith Matters, que atua pela conciliação religiosa, disse ter notado um aumento nos registros de ataques anti-islâmicos por meio do seu disque-denúncia. O grupo descreveu os incidentes como "ataques muito focados e muito agressivos".

Em Londres, dois memoriais de guerra foram vandalizados durante a noite com pichações vermelhas, incluindo a palavra "islã".

Numa tentativa de se contrapor ao protesto da direita, o grupo antifascista "Unam-se Contra o Racismo" realizou sua própria manifestação perto da residência oficial, mas atraiu bem menos participantes do que no protesto da Liga de Defesa Inglesa.

Alguns manifestantes de direita atiraram garrafas e moedas nos rivais antifascistas. Um cordão de agentes e veículos policiais impediu que os dois grupos se aproximassem.

Dois suspeitos de origem nigeriana foram baleados e presos logo depois do ataque que matou o soldado na semana passada, e no total as autoridades detiveram dez pessoas por suspeita de ligação com o crime, mas três delas já foram liberadas sob fiança.

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