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Diosdado Cabello propõe antecipar eleição parlamentar venezuelana

Proposição do vice-presidente do governista Partido Socialista da Venezuela diminui potencialmente o mandato do atual Congresso dominado pela oposição

Diosdado Cabello: vice-presidente do partido socialista disse que uma nova votação para a Assembleia Nacional é necessária "pelo interesse nacional" porque o Congresso controlado pela oposição é ineficaz (Marco Bello/Reuters)

Diosdado Cabello: vice-presidente do partido socialista disse que uma nova votação para a Assembleia Nacional é necessária "pelo interesse nacional" porque o Congresso controlado pela oposição é ineficaz (Marco Bello/Reuters)

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Reuters

Publicado em 20 de fevereiro de 2018 às 16h29.

Caracas - O vice-presidente do governista Partido Socialista da Venezuela, Diosdado Cabello, propôs nesta terça-feira a realização de uma eleição parlamentar antecipada junto com a eleição presidencial do dia 22 de abril, potencialmente diminuindo o mandato do atual Congresso dominado pela oposição.

A oposição da Venezuela conquistou o controle da Assembleia Nacional em uma votação em 2015, que foi sua maior vitória eleitoral em quase duas décadas do governo socialista.

Entretanto, o presidente Nicolás Maduro e o Judiciário pró-governo tornaram o Congresso impotente derrubando todas as suas medidas e realizando uma controversa eleição para estabelecer, no seu lugar uma poderosa Assembleia Constituinte.

Cabello disse, segundo publicações no Twitter da televisão estatal venezuelana, que uma nova votação para a Assembleia Nacional é necessária "pelo interesse nacional" porque o Congresso controlado pela oposição é ineficaz.

No passado, as propostas de Cabello foram enviadas rapidamente à totalmente pró-governo Assembleia Constituinte --que uma série de países se recusa a reconhecer-- onde foram aprovadas.

Críticos devem apontar a proposta de Cabello de antecipar a próxima eleição parlamentar, prevista anteriormente para 2020, como mais uma tentativa de destruir a oposição em um país que, segundo eles, foi transformado em uma ditadura pelos socialistas.

Espera-se que líderes de oposição boicotem a eleição presidencial de abril, que acreditam ser manipulada para garantir a reeleição de Maduro, apesar de sua impopularidade e da devastadora crise econômica nacional.

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