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Dias depois de golpe fracassado, protestos voltam no Burundi

O clima estava tenso na capital Bujumbura, com soldados espalhados pelas ruas da cidade, onde mais de 20 pessoas foram mortas em quase três semanas

Burundi: clima estava tenso na capital Bujumbura, com soldados espalhados pelas ruas da cidade (REUTERS/Jean Pierre Aime Harerimana)
DR

Da Redação

Publicado em 18 de maio de 2015 às 10h25.

Bujumbura - Pequenos grupos de manifestantes retomaram nesta segunda-feira os protestos contra o presidente do Burundi, Pierre Nkurunziza, e seus planos de disputar um terceiro mandato, dias depois de o mandatário sobreviver a uma tentativa de golpe.

O clima estava tenso na capital Bujumbura, com soldados espalhados pelas ruas da cidade, onde mais de 20 pessoas foram mortas em quase três semanas de protestos antes do fracassado golpe, disse uma testemunha da Reuters.

Os planos de Nkurunziza de ficar mais cinco anos no poder –que, na avaliação dos golpistas e dos manifestantes, é inconstitucional– mergulharam o Burundi em sua pior crise desde a guerra civil, de fundo étnico, que terminou em 2005.

Mais de 100.000 pessoas buscaram refúgio na vizinha Ruanda, na República Democrática do Congo e na Tanzânia, temendo que as tensões políticas assumam um aspecto étnico e desencadeiem um conflito total entre a maioria hutu e a minoria tutsi, que poderia engolfar a região dos Grandes Lagos da África.

Embora Nkurunziza pareça ter se fortalecido após o Exército se alinhar com ele, a tentativa de golpe do ex-chefe de inteligência Godefroid Niyombare, que havia sido destituído e agora está atrás das grades, não contribuiu em nada para resolver a disputa política.

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O clima estava tenso na capital Bujumbura, com soldados espalhados pelas ruas da cidade, onde mais de 20 pessoas foram mortas em quase três semanas de protestos antes do fracassado golpe, disse uma testemunha da Reuters.

Os planos de Nkurunziza de ficar mais cinco anos no poder –que, na avaliação dos golpistas e dos manifestantes, é inconstitucional– mergulharam o Burundi em sua pior crise desde a guerra civil, de fundo étnico, que terminou em 2005.

Mais de 100.000 pessoas buscaram refúgio na vizinha Ruanda, na República Democrática do Congo e na Tanzânia, temendo que as tensões políticas assumam um aspecto étnico e desencadeiem um conflito total entre a maioria hutu e a minoria tutsi, que poderia engolfar a região dos Grandes Lagos da África.

Embora Nkurunziza pareça ter se fortalecido após o Exército se alinhar com ele, a tentativa de golpe do ex-chefe de inteligência Godefroid Niyombare, que havia sido destituído e agora está atrás das grades, não contribuiu em nada para resolver a disputa política.

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