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Detido por ataques no Kansas é antigo líder da Ku Klux Klan

Homem detido como suposto autor dos tiros que mataram 3 pessoas em ataques a centros judeus é um supremacista e antigo líder da Ku Klux Klan, confirma polícia


	Policiais em local onde ocorreu ataque a centro judaico no Kansas: detido possui um longo histórico de racismo e antissemitismo
 (Dave Kaup/Reuters)

Policiais em local onde ocorreu ataque a centro judaico no Kansas: detido possui um longo histórico de racismo e antissemitismo (Dave Kaup/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 14 de abril de 2014 às 14h28.

Washington - O homem detido ontem, domingo, como suposto autor dos tiros que mataram três pessoas em dois ataques a centros judeus de Kansas City é um supremacista e antigo líder da Ku Klux Klan (KKK), confirmou nesta segunda-feira a polícia.

Frazier Glenn Miller, um homem de 73 anos de Aurora (Missouri) com um longo histórico de racismo e antissemitismo, foi detido pouco depois dos ataques acusado de homicídio em primeiro grau e espera-se que hoje vá aos tribunais.

Para Miller, que quando foi detido utilizava o nome de Frazier Glenn Cross (tal como o tinham identificado alguns meios de imprensa), se lhe acusa o assassinato de três pessoas.

O detido abriu fogo e matou uma criança de 14 anos e seu avô, de 69, em um centro comunitário judeu, onde havia cerca de 70 pessoas, em sua maioria crianças que se preparavam para participar de um concurso de dança.

Em seguida, se dirigiu a um asilo de idosos para judeus, onde assassinou uma terceira pessoa, uma mulher, antes de ser detido e levado à prisão do condado de Johnson.

Quando as autoridades policiais o levavam à prisão, o detido gritou "Heil Hitler!", segundo informaram fontes da polícia a meios de imprensa locais.

Após se descobrir sua identidade, o Southern Poverty Law Center (SPLC), uma organização que investiga grupos racistas, divulgou os antecedentes racistas e antissemitas de Miller.

Veterano da Guerra do Vietnã, Miller fundou a organização paramilitar associada ao KKK "Carolina Knights" ("cavaleiros de Carolina"), da qual foi "Grande Dragão", um dos primeiros grupos a usar táticas paramilitares para intimidar negros nos Estados Unidos, segundo o SPLC.

Além disso, já esteve preso nos anos 80 por posse ilegal de armas e por conspirar para assassinar o fundador do SPLC.

Em sua saída de prisão, Miller tratou em repetidas ocasiões de ser eleito para cargos públicos - em 2010 foi candidato ao Senado dos Estados Unidos - continuou vinculado a grupos racistas e colaborou e financiou diferentes publicações antissemitas que convocavam ao "extermínio de judeus".

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