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Detido na Mauritânia Abdullah al Senussi, braço direito de Kadafi

Desde 27 de junho está em vigor uma ordem de detenção contra ele pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) por supostos crimes de lesa-humanidade cometidos na Líbia

Abdullah al Senussi, considerado braço direito do ditador Kadafi (foto) (Khaled Desouki/AFP)

Abdullah al Senussi, considerado braço direito do ditador Kadafi (foto) (Khaled Desouki/AFP)

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Da Redação

Publicado em 17 de março de 2012 às 09h38.

Nouakchott - O diretor da inteligência militar do regime de Muammar Kadafi, Abdullah al Senussi, considerado braço direito do ditador, foi detido na sexta-feira à noite no aeroporto de Nouakchott, informaram neste sábado à Agência Efe fontes de segurança da capital da Mauritânia.

Senussi chegou em voo a partir de Casablanca, no Marrocos, por volta da meia-noite (21h de Brasília) e viajava com passaporte malinês, revelou uma fonte extraoficial.

A agência de imprensa oficial mauritana já confirmou a detenção de Senussi.

Desde 27 de junho está em vigor uma ordem de detenção contra ele pelo Tribunal Penal Internacional (TPI) por supostos crimes de lesa-humanidade cometidos na Líbia a partir de fevereiro de 2011 durante as revoltas de insurgentes nesse país norte-africano.

Como diz o texto da ordem de detenção, Senussi teria sido o 'executor indireto' dos crimes, os quais foram cometidos sob sua responsabilidade de comando 'especialmente em Benghazi, entre 15 e 20 de fevereiro de 2011'.

A mesma ordem de prisão foi emitida contra o filho de Muammar Kadafi, Seif al Islam.

Em novembro, as autoridades líbias anunciaram que Senussi e Seif haviam sido detidos no sul da Líbia, o que foi desmentido horas depois. Desde então, não se sabia notícias deles, por isso que a chegada deste primeiro a Nouakchott ainda é um enigma a ser desvendado.

O TPI tem competência para julgar crimes sempre e quando os envolvidos não estejam sendo procurados pelas autoridades judiciais nacionais.

A Mauritânia não está entre os países signatários do Tratado de Roma que criou o Tribunal Penal Internacional. EFE

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