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Desligamento do último reator nuclear japonês é celebrado

Depois do terremoto que atingiu o país em 2011 e provocou danos na usina nuclear de Daichi, em Fukushima, nenhum reator desligado para manutenção foi ligado novamente

Governo japonês tem defendido a restauração dos reatores, alertando sobre apagões e aumentos na emissão de gás carbônico (Getty Images)

Governo japonês tem defendido a restauração dos reatores, alertando sobre apagões e aumentos na emissão de gás carbônico (Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 5 de maio de 2012 às 13h27.

Tóquio - Cerca de 5,5 mil japoneses fizeram uma marcha neste sábado para celebrar a desativação do último dos 50 reatores nucleares do Japão, levantando cartazes na forma de peixe, que se tornou um símbolo contra a energia nuclear no país. O Japão ficará sem eletricidade de usinas nucleares pela primeira vez em quatro décadas quando o reator da usina Tomari, no norte da ilha de Hokkaido, for desativado para uma manutenção de rotina.

Depois do terremoto seguido de tsunami que atingiu o país em março do ano passado e provocou danos na usina nuclear de Daichi, em Fukushima, nenhum reator desligado para manutenção foi ligado novamente em razão das preocupações da população com a segurança da tecnologia nuclear. "Hoje é um dia histórico", afirmou Masashi Ishikawa, diante de uma multidão em um parque de Tóquio.

"Existem muitas usinas nucleares, mas nenhuma delas vai funcionar hoje e isso é devido aos nossos esforços", declarou. Os manifestantes festejaram o fato de o dia em que o Japão desativa suas usinas nucleares coincidir com o Dia das Crianças no país, pois há preocupação com a proteção das crianças contra radiação, que ainda está vazando de Daichi.

O governo japonês tem defendido a restauração dos reatores, alertando sobre apagões e aumentos na emissão de gás carbônico à medida que o país for forçado a usar petróleo e gás para geração de energia. O Japão agora exige que os reatores sejam aprovados em novos testes de resistência a terremotos e tsunamis e recebam a aprovação de moradores locais antes de serem religados. As informações são da Associated Press.

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