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Depois de quatro anos, Jobim deixa Ministério da Defesa

Remanescente do governo Lula, ex-ministro também participou da gestão FHC e foi presidente do Supremo

Nelson Jobim, entra em veículo do Exército: ministro de três presidentes (Antonio Cruz/ABr)

Nelson Jobim, entra em veículo do Exército: ministro de três presidentes (Antonio Cruz/ABr)

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Da Redação

Publicado em 5 de agosto de 2011 às 10h44.

Brasília - Um dos nove ministros a ficar no cargo após Dilma Rousseff assumir a Presidência, Nelson Jobim deixa o Ministério da Defesa depois de quatro anos de gestão. Convidado pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva para substituir o então ministro Waldir Pires, Jobim aceitou, em julho de 2007, o desafio de controlar a crise aérea instalada nos aeroportos brasileiros.

Ex-presidente do Supremo Tribunal Federal (2004-2006) e ex-ministro da Justiça do presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-1997), Jobim assumiu cobrando pontualidade e segurança das empresas aéreas. Também promoveu mudanças nas direções da Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero) e da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), então alvos de denúncias de ineficiência e corrupção.

Graças a isso, Jobim conseguiu atenuar os problemas no setor aéreo. No entanto, as propostas de construção de um novo aeroporto em São Paulo e o estímulo à maior concorrência na atividade não se concretizaram.

Na área militar, Jobim ganhou prestígio com os comandantes do Exército, da Marinha e da Aeronáutica. Junto com o ex-ministro da Secretaria de Assuntos Estratégicos Roberto Mangabeira Unger, Jobim elaborou a Estratégia Nacional de Defesa. Aprovada em dezembro de 2008 na forma de decreto presidencial, o plano estabelece ações de médio e longo prazo com o objetivo de modernizar a estrutura nacional de defesa por meio da reorganização das Forças Armadas, da restruturação da indústria nacional de material de defesa e de uma nova filosofia de emprego das Forças Armadas.

A iniciativa sofreu forte impacto devido ao corte no orçamento de 2011. O contingenciamento de mais de R$ 4 bi (26,5% do orçamento do ministério) comprometeu o reaparelhamento das Forças Armadas.

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