Mundo

Democratas vivem briga interna nos EUA em torno de dados de eleitores

A legenda enfrenta dificuldades para se equiparar aos esforços dos republicanos para coletar e armazenar dados

Eleições nos Estados Unidos (Frank Polich/Getty Images)

Eleições nos Estados Unidos (Frank Polich/Getty Images)

EC

Estadão Conteúdo

Publicado em 16 de dezembro de 2018 às 11h10.

Washington - O Partido Democrata dos Estados Unidos passa no momento por uma crescente briga interna em torno de dados de eleitores vistos como cruciais para aumentar o comparecimento às urnas à medida que se aproximam as eleições presidenciais de 2020, apontam correspondências vistas pelo Wall Street Journal.

A legenda enfrenta dificuldades para se equiparar aos esforços dos republicanos para coletar e armazenar dados de eleitores que permitem a políticos direcionar com precisão a sua comunicação com o eleitorado. Uma rixa entre o Comitê Nacional Democrático (DNC, na sigla em inglês) e os diretórios estaduais do partido sobre como lidar com esse processo está ameaçando a unidade partidária ao passo que o período de primárias se aproxima e os candidatos se voltam a listas de eleitores para tentar amealhar apoio.

Sob a atual configuração, diretórios estaduais coletam os dados e o DNC cobre os custos de organizar e analisá-los.

Os democratas querem robustecer os conjuntos de dados, acrescentando informações como endereços de e-mail, contas em mídias sociais e números de celular. O DNC propôs imitar o projeto de dados do Comitê Nacional Republicano (RNC), criando uma célula separada para armazenar a informação e licenciá-la a todos os membros do partido e aliados, incluindo grandes financiadores e outros grupos externos.

Mas, em um e-mail na sexta-feira, o presidente da Associação dos Comitês Estaduais Democratas, Ken Martin, sugeriu rejeitar o plano do diretório nacional, propondo aos seus correligionários na esfera dos Estados que isolem totalmente o DNC e trabalhem com a TargetSmart, uma empresa privada com quem já têm uma relação financeira existente. A companhia paga uma comissão aos diretórios estaduais toda vez que eles licenciam os dados brutos de eleitores a outros clientes.

O presidente do DNC, Tom Perez, respondeu ontem em um longo e-mail aos presidentes estaduais e diretores executivos, soando o alarme contra a alternativa de Martin. "Por alguma razão inexplicável, essa proposta rasgaria tudo sobre a nossa atual estrutura de dados, revertendo tanta coisa do progresso que fizemos ao longo da última década", escreveu Perez. "Em resumo, estamos perplexos e incrédulos por essa proposta."

Acompanhe tudo sobre:EleiçõesEstados Unidos (EUA)

Mais de Mundo

Convenção democrata: o que esperar do evento que começa segunda?

El Salvador apreende mais de uma tonelada de cocaína e armas de guerra em alto mar

OMS pede aumento da produção de vacinas contra mpox

OEA aprova por consenso resolução que pede que Maduro divulgue as atas eleitorais na Venezuela

Mais na Exame