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Democratas querem adiar nomeação de novo juiz do Supremo

O ex-advogado de Trump se declarou culpado de vários crimes de fraude nesta terça e vinculou Trump a dois casos de violações das normas de campanha

Trump: o ex-advogado afirmou que a Trump pediu que ele pagasse suas supostas amantes para evitar problemas nas eleições de 2016 (Andrew Harrer/Bloomberg/Bloomberg)
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EFE

Publicado em 22 de agosto de 2018 às 15h21.

Washington - A oposição democrata no Senado dos EUA pediu nesta quarta-feira que sejam adiadas as audiências de confirmação do candidato para ocupar a vaga de juiz do Supremo Tribunal depois que ontem Michael Cohen, o ex-advogado do presidente Donald Trump , vinculou o líder a vários crimes.

"É um elemento que muda o 'partido'. Deveria ser. Na minha opinião, o Comitê Judicial do Senado deveria parar imediatamente de considerar a indicação (para juiz do Supremo) de (Brett) Kavanaugh", afirmou o líder dos progressistas na Câmara Alta, Chuck Schumer.

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Ontem, Cohen se declarou culpado de vários crimes de fraude e vinculou o presidente em dois casos relativos a violações das normas de campanha derivadas de pagamentos realizados a pedido de Trump a supostas ex-amantes para calá-las e evitar consequências negativas nas eleições de 2016.

Schumer explicou no Twitter que o "envolvimento" revelado por Cohen do presidente "em um crime federal deixa abundantemente claro o dano que representa a indicação de Kavanaugh para" o alto tribunal.

O democrata apontou que no passado o candidato escolhido por Trump para o Supremo evitou se pronunciar quando foi perguntado sobre se o líder do país teria que cumprir com uma citação judicial devidamente emitida, sem dar mais detalhes.

Kavanaugh foi indicado pelo presidente em 9 de julho e uas audiências de confirmação no Senado - onde os conservadores têm uma leve maioria - devem acontecer em 4 de setembro, "cedo demais", segundo Schumer.

A oposição pediu desde a princípio que a confirmação do próximo juiz do Supremo ocorra depois das eleições legislativas de novembro, onde esperam recuperar peso em ambas as Câmaras.

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