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Democratas planejam voto de repúdio a ataques de Trump a congressistas

Medida pode colocar republicanos em posição incômoda, tendo que votar contra o magnata ou defender declarações consideradas racistas e xenófobas

Democratas: parlamentares americanas vão formalizar repudio contra declarações de Trump (Erin Scott/Reuters)
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Reuters

Publicado em 15 de julho de 2019 às 20h16.

Última atualização em 15 de julho de 2019 às 20h18.

Washington — Parlamentares democratas se mobilizavam nesta segunda-feira (15) para repudiar formalmente os ataques do presidente Donald Trump a quatro mulheres congressistas pertencentes a minorias, depois de a presidente da Câmara dos Deputados, Nancy Pelosi, dizer que seu partido apresentaria uma resolução criticando os "tuítes xenófobos".

A medida pode colocar os partidários republicanos de Trump em uma posição incômoda, forçando-os a votar contra seu líder, que tem grande apoio de eleitores conservadores, ou defender claramente declarações descritas por muitos como racistas.

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"Nossos colegas republicanos precisam se unir a nós rejeitando os tuítes xenófobos do presidente", disse Pelosi em um comunicado. Ela não disse quando a votação ocorreria.

Parlamentares republicanos demoraram a se pronunciar contra os ataques de Trump às quatro congressistas, que os democratas denunciaram como polarizadores e racistas.

O deputado Will Hurd, o único republicano afro-norte-americano da Câmara, foi uma exceção rara. "Os tuítes são racistas e xenófobos. Eles também são inexatos", disse ele na rede CNN.

Tim Scott, o único republicano negro do Senado, criticou Trump em um tuíte por usar "ataques pessoais inaceitáveis e linguagem racialmente ofensiva".

A senadora Susan Collins, republicana de centro cotada para se reeleger no Maine ano que vem, disse que os comentários de Trump "ultrapassam o limite" e que ele deveria deletá-los.

Durante o final de semana, Trump disse em um tuíte que as quatro congressistas de primeiro mandato, conhecidas informalmente no Congresso como "o esquadrão", deveriam "voltar" aos "locais totalmente falidos e infestados por crimes dos quais vieram".

Em comentários feitos na Casa Branca nesta segunda-feira, Trump disse não estar preocupado se as pessoas acham que seus tuítes foram racistas. "No que me diz respeito, se você odeia nosso país, se não está feliz aqui, pode ir embora", disse.

Trump não citou nomes em seus tuítes iniciais no domingo visando "mulheres congressistas progressistas que vieram de países cujos governos são uma catástrofe completa e total". Ele pareceu se referir às deputadas Alexandria Ocasio-Cortez, Ilhan Omar, Ayanna Pressley e Rashida Tlaib, todas elas críticas tanto de Trump como das atuais lideranças democratas da Câmara.

"Por que elas não voltam e ajudam a consertar os lugares totalmente falidos e infestados por crimes dos quais vieram?", tuitou Trump. "Depois voltem e nos mostrem... como se faz."

Todas as quatro congressistas são cidadãs norte-americanas. Ocasio-Cortez, Pressley e Tlaib nasceram nos Estados Unidos, e Omar, uma refugiada somali, chegou ao país em 1992.

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