EUA: acreditamos que foi o começo de uma tentativa de hacker nosso arquivo de eleitores, disse o democrata (Kevin Lamarque/Reuters/Reuters)
EFE
Publicado em 22 de agosto de 2018 às 16h53.
Washington - O Comitê Nacional Democrata (DNC) alertou nesta quarta-feira o FBI que a base de dados eleitorais do partido foi alvo de uma tentativa de ataque de hackers russos.
"Essa tentativa é mais uma prova que há ameaças constantes na medida em que nos aproximamos das eleições legislativas e que devemos permanecer atentos para evitar futuros ataques", afirmou o chefe de segurança do DNC, Bob Lord, em comunicado.
Apesar de a tentativa de ataque ter sido frustrada, o DNC afirmou que o movimento mostra que os adversários americanos estão decididos em tentar interferir nas eleições legislativas de novembro.
Um integrante do Partido Democrata, que preferiu permanecer no anonimato, explicou à Agência Efe que os autores do ataque criaram uma página falsa com a mesma aparência do site do DNC. O objetivo era roubar nomes de usuários e senhas para ter acesso à base.
"Acreditamos que este foi o começo de uma tentativa sofisticada de hacker nosso arquivo de eleitores e estamos tratando isso dessa forma", disse a fonte ouvida pela Efe.
Uma empresa de segurança cibernética e um prestador de serviços na nuvem do partido fizeram o alerta de que o banco de dados estava sendo alvo do ataque. O DNC conseguiu frustrar a ação dos hackers russos e informou o FBI sobre o incidente.
Lord avaliou que as ameaças são graves e pediu que o governo de Donald Trump tome medidas para proteger os sistemas de votação.
"É responsabilidade dele proteger nossa democracia contra esse tipo de ataque", afirmou o chefe de segurança do DNC.
Os democratas acusam a Rússia de ter atuado junto com a campanha de Trump durante as eleições presidenciais de 2016, nas quais o atual presidente venceu a ex-secretária de Estado Hillary Clinton.
Durante o pleito, hackers russos invadiram os servidores do Partido Democrata e roubaram centenas de milhares de mensagens trocadas por funcionários da campanha de Hillary e documentos.
Ontem, Microsoft e Facebook suspenderam páginas acusadas de iniciar campanhas de desinformação para desestabilizar as eleições legislativas de novembro no país.