Trump: aliados do presidente eleito são acusados de negociarem papéis de companhias do ramo da saúde enquanto apoiavam projetos de lei que podem afetar os preços das ações (Drew Angere/Getty Images)
Estadão Conteúdo
Publicado em 5 de janeiro de 2017 às 18h22.
Washington - Os democratas do Senado dos Estados Unidos iniciaram seu mais duro escrutínio contra os nomeados do gabinete do presidente eleito, Donald Trump.
Os representantes estão mirando nos escolhidos do republicano para chefiar o Departamento de Saúde e Serviços Humanos, diante de relatos de que eles negociaram papéis de companhias do ramo da saúde enquanto apoiavam projetos de lei que podem afetar os preços das ações.
O líder da minoria no Senado, Chuck Schumer, e seus colegas democratas pediram para o Escritório de Ética do Congresso para investigar as negociações do representante republicano, Tom Price.
Ele negociou mais de US$ 300 mil em ações de companhias de saúde nos últimos quatro anos, enquanto patrocinava e advogava por leis que podem alterar os preços desses negócios.
Um porta-voz de Price não estava disponível para comentar. Um porta-voz da equipe de transição de Trump disse em um comunicado que as questões levantadas sobre Price também podem ser direcionadas aos democratas do Senado que detêm ações de companhias farmacêuticas e de saúde.
Price é o maior alvo dos democratas por causa do papel que ele deve assumir na formulação de uma substituição para a lei de tratamento acessível (Affordable Care Act), que os republicanos prometeram repelir.